Presidente do SindProfNH usa a tribuna e acusa Executivo de encerrar diálogo sobre dissídio salarial

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 20h02
02/05/2016 - Para falar sobre o projeto de reposição salarial e as tratativas com o Executivo, o presidente do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo (SindProfNH), Gabriel Ferreira, usou a tribuna na noite desta segunda-feira, 2. A vereadora Patrícia Beck (PPS) fez um requerimento verbal para que o sindicalista discorresse sobre o assunto. De acordo com Ferreira, o prefeito oferece 4% de reajuste em abril e 5,91% em dezembro, totalizando o INPC, porém acarretando perdas salariais como no ano de 2015. Segundo ele, a diferença entre realizar o reajuste em parcela única ou parcelado não impacta mais do que 1% da arrecadação do Município. O projeto já está tramitando na Câmara.

Segundo Gabriel Ferreria, a Prefeitura encerrou as negociações, mesmo o sindicato pedindo mais diálogo. "Que tipo de relação o prefeito quer ter com os servidores desta cidade? Fizemos uma contraproposta ao reajuste parcelado que eles propõem em detrimento ao integral. Não foi aceito. Falta de vontade política e de valorizar os professores e servidores do quadro geral. Acreditamos que a Prefeitura tem margem para ceder e negociar. Queremos reabrir a discussão salarial. Estamos dispostos a negociar, assim como no ano passado estávamos. Em 2015, teve greve de trinta dias. A Prefeitura vai bancar e assumir a culpa se necessário tal movimento novamente?", indagou o presidente do SindProfNH.

Gabriel Ferreira também ressaltou que os professores estão sendo cobrados ilegalmente pelos dias que não conseguiram recuperar referentes à greve passada. "Não houve acordo com os critérios de cálculo das horas, nem com a imposição feita pela Prefeitura do pagamento destas até o dia 23 de dezembro. Muitos professores não conseguiram repor a totalidade dessas horas até o período estipulado, pois não foram oferecidos dias suficientes para tal." O presidente também falou que os professores tiveram descontos relativos à greve nos salários de março e abril, justamente no início das negociações salariais. "É uma arbitrariedade não aceitar uma manifestação legítima de classe, principalmente de um governo que, quando oposição, também participava de entidades classistas que lutavam pelos seus direitos." 

Patrícia Beck (PPS) lamentou o fato de no início do ano ter tramitado na Casa um projeto que proibia o parcelamento de subsídios, mas que foi rejeitado pela maioria dos vereadores. 

Dentre outros, Ferreira ainda ressaltou a necessidade dos professores e alunos serem beneficiados pela vacina contra o H1N1, uma vez que já há casos dessa gripe registrados nas escolas públicas da cidade.

 

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