Patrícia e Cassel vão a Brasília pedir rejeição do projeto de descriminalização das drogas

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h02
06/06/2013 - Patrícia Beck (PTB) e Raul Cassel (PMDB) acompanharam integrantes do grupo Pensando Novo Hamburgo a Brasília em viagem realizada no início desta semana, dias 4 e 5 de junho. Eles reuniram-se com senadores e deputados da base gaúcha para pedir a rejeição da proposta que descriminaliza as drogas que tramita no Congresso.

Patrícia entregou ainda a Moção nº 8/2013, de sua autoria, aprovada no dia 28 de maio por todos os vereadores hamburguenses. Eles ainda convidaram os representantes do Estado em Brasília para participar do encontro sobre o tema que será realizado na Feevale no dia 17 de junho, a partir das 19 horas.

Na sessão desta quinta-feira, 6, Patrícia falou sobre a importância do trabalho do grupo Pensando Novo Hamburgo, e explicou que a fase atual da proposta de descriminalização das drogas é a de recebimento de documentos. “O que nos assusta é que, em Brasília, há um grande movimento para que ela seja aprovada. O que nos deixa feliz é que a grande maioria da bancada gaúcha é contra. Venho até aqui com a sensação de dever cumprido. Se ninguém mais se mobilizou no Brasil, Novo Hamburgo está fazendo a sua parte.” Ela explicou que, no evento do dia 17 de junho, será redigido um documento a ser anexado ao projeto.

Cassel disse que voltou convencido da importância da ação realizada pelo grupo. “Toda decisão importante passa pelo Congresso Nacional.” Ele ponderou que o problema das drogas não foi criado pelo governo, mas pela sociedade. “Por isso, a sociedade como um todo deve ser participativa na busca de soluções.” O vereador afirmou que o usuário não deve ser tratado como um criminoso, mas como um doente – porém, não é possível ser permissivo. “Estamos preparados para assumir essa realidade?”, questionou, lembrando que faltam leitos para o tratamento de dependentes. Além disso, muitos centros de recuperação ainda não conseguiram cumprir os requisitos legais para o funcionamento. “Vamos acompanhar a tramitação desse projeto. É claro que não acaba aqui a missão.”