Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo pede apoio da Câmara
Stein contou que o projeto A Orquestra no seu Bairro já passou diversas vezes por Canudos, Rondônia, Santo Afonso, Liberdade e Boa Saúde, entre outros locais. Desde o ano passado, foram 39 apresentações. “Estão sendo experiências bem marcantes para o público.” No bairro Rincão, uma senhora chegou a chorar e disse aos músicos que, depois da apresentação, sentia-se melhor da depressão que a atormentava. Segundo ele, relatos similares são ouvidos por onde a orquestra passa.
Os Concertos Didáticos, por outro lado, são desenvolvidos especialmente para as crianças. Este ano, serão feitos seis concertos no Teatro Municipal. Os Concertos Oficiais são as apresentações de gala, geralmente com convidados – regentes, solistas ou bailarinos. “Neste ano, em março, o show Tributo ao Samba teve a participação de um grupo hamburguense.” Além disso, para o final do ano está prevista a 3ª edição do Concerto de Natal no Teatro da Feevale. Na edição anterior, os ingressos esgotaram-se em apenas um dia e meio.
Para apresentações em locais nos quais a orquestra inteira não cabe, existem os quintetos de metais. “A gente procura sempre atender aos pedidos da comunidade.” E, por fim, a Orquestra Jovem, com o objetivo de formar jovens hamburguenses para integrar a Orquestra de Sopros no futuro. As aulas são ministradas de forma voluntária pelos músicos profissionais e, hoje, são 40 jovens atendidos. “Nossa previsão é de que, daqui a uns três ou quatro anos, alguns poderão substituir integrantes profissionais da orquestra.”
Stein apontou que todo esse trabalho só é possível devido à qualidade dos instrumentistas – todos são graduados, pós-graduados ou com o curso em andamento. Sobre os custos, ponderou que a orquestra não existe para os músicos, mas para os cidadãos. “É para levar música a cerca de 20 mil pessoas por ano. Queremos que esse público cresça, e por isso pedimos o apoio de vocês.”
O regente, Lincoln da Gama Lobo, explicou a formação da orquestra, que conta com flautistas, percussionistas e contrabaixistas, entre outros, além de uma direção cênica. Ele também disse que é muito emocionante ver o brilho nos olhos do público, inclusive nos locais mais humildes. E destacou que a Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo é reconhecida no Estado e até internacionalmente.
Lobo apontou que orquestras são bastante versáteis – podem tocar música popular brasileira e jazz, por exemplo, além de músicas escritas para essas formações. E, por fim, fez um desabafo; “Neste ano e meio, temos sido constantemente atacados, inclusive alguns sugerem que a Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo seja transformada numa orquestra amadora. Isso seria uma tragédia – é impossível fazer um trabalho de alto nível assim. Por isso, peço que se proteja a Orquestra de Novo Hamburgo.”
O coordenador da orquestra, Maximiliano Soares da Silva, também utilizou a tribuna para pedir apoio da Câmara, da Administração Municipal e da comunidade. “A orquestra é para vocês. Todos fazem parte deste show.”
Preocupação
Issur Koch (PP) disse que a situação da música em Novo Hamburgo é preocupante. A lei que institui aulas de música nas escolas, por exemplo, não é cumprida. “Se a gente matar a orquestra, vai morrer a música. Daqui a uns 10 anos, não teremos mais flautistas ou oboístas.” Ele pediu então que fosse passado um vídeo sobre a importância da música na vida das pessoas.
Confira o site da OSNH - http://www.osnh.com.br/