Tenente-coronel explica trabalho do Comando de Operações Especiais

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h02
03/05/2012 - O tenente-coronel Carlos Armindo Thomé Marques participou da sessão desta quinta-feira, 3, para falar sobre o novo Comando de Operações Especiais (COE). Ele foi convidado pelo relator da Comissão de Segurança, Sergio Hanich (PMDB), e por Leonardo Hoff (PP).

O tenente-coronel Marques explicou que o COE é uma subunidade do Comando Regional e tem entre suas missões coibir tráfico de drogas, sequestros e rebeliões em prisões. As operações começaram em 5 de março, contam com 90 policiais e 16 viaturas. “O crack está disseminado. Todas as noites há termos circunstanciados por posse de entorpecentes”, disse. Ele apontou que, certa noite, em apenas um ponto, foram descobertos R$ 13 mil reais. “A média são 22 prisões por final de semana.”

Ele também apresentou uma série de números relativos aos meses de março e abril: nesse período, foram 24.553 pessoas abordadas, 6.695 veículos fiscalizados, 611 bares inspecionados, 21 foragidos recapturados, 23 adolescentes apreendidos, 44 ocorrências de tráfico de drogas e 21 armas de fogo apreendidas.

Segundo o tenente-coronel Marques, muitas pessoas são presas mais de uma vez na mesma situação. Por isso, ele disse acreditar que o Código Penal deve ser revisto. “É muito benevolente com os criminosos. Acho que parte de nós, como comunidade, uma reação a isso.”

Mudança da legislação

Raul Cassel (PMDB) e Ricardo Ritter – Ica (PDT) pediram que o pronunciamento fosse transcrito na íntegra e enviado aos deputados e ao Senado. “É preciso mudar a legislação, e quem faz isso são os congressistas”, salientou Cassel. Jesus Maciel (PTB), Sergio Hanich (PMDB) e Leonardo Hoff (PP) concordaram com a proposta e elogiaram a atuação do tenente-coronel.

Carmen Ries (PT) também parabenizou o policial e destacou que, na escola onde trabalha, é testemunha da idealização dos jovens com relação ao crime.

Volnei Campagnoni (PCdoB) apontou que é preciso investir em segurança e lamentou que a tramitação da PEC nº 300/2008, que estabelece que a remuneração dos Policiais Militares dos estados não poderá ser inferior à da Polícia Militar do Distrito Federal, esteja parada.