Olmar Romanini é o novo Cidadão de Novo Hamburgo

Reconhecimento

Coller citou uma frase do homenageado para mostrar a determinação e altruísmo de Olmar Romanini. “Enquanto estiver vivo e tiver forças buscarei melhorias para a população. Quero ser lembrado pelas coisas boas que fiz e pelas quais lutei”. O vereador destacou a trajetória de Romanini e a importância dos serviços prestados por ele. “Nos conhecemos em 2009, vejo a sua dedicação e o quanto o senhor trabalha por melhorias no seu bairro”, acrescentou. 

Além de Coller e Enfermeiro Vilmar, estiveram presentes os parlamentares Gilberto Koch – Betinho (PT), Sergio Hanich – Serjão (PMDB) e Jorge Tatsch (PPS). O vereador Issur Koch (PP) justificou sua ausência em ofício, no qual destacou o trabalho realizado por Romanini. 

Betinho parabenizou Coller pela escolha de um cidadão que é a cara de Novo Hamburgo, que veio do interior e sempre buscou melhorias para a sua nova cidade. Sou testemunha da luta pelo viaduto da Rincão e por outras tantas melhorias. “Essa Câmara tem orgulho de prestar essa homenagem ao senhor”, concluiu. 

Jorge Silva destacou a importância do reconhecimento. Segundo o representante do Crea-RS, duas frases da música Veterano, cantada pelo Coral Amigos da Câmara e pela filha do homenageado, Rosane Romanini, na abertura da solenidade, sintetizam a personalidade de Romanini: "se a força me falta no braço, na coragem me sustento" e "é bagual que não se entrega assim no más". 

Durante o evento, foi exibido um vídeo com uma entrevista de Olmar Romanini, elaborado pela TV Câmara. Acompanharam a solenidade o presidente da Associação de Moradores do Bairro Petrópolis e Rincão, Jair Alves de Moraes, o presidente do Sindicato dos Comerciários, Vitor Gatelli, e o presidente da União das Associações Comunitárias (UAC), Vanderlei Ferreira. 

Ao ocupar a tribuna, Romanini agradeceu ao vereador Cristiano Coller, aos demais parlamentares que aceitaram a indicação, aos familiares e aos integrantes da Associação dos Moradores dos bairros Rincão e Petrópolis. Acolhido pela cidade desde a sua juventude, Olmar, natural de Veranópolis, considera Novo Hamburgo um bom lugar para morar e trabalhar. 

Galeria dos Cidadãos

No saguão do Legislativo, foi descerrada a foto de Olmar Romanini na Galeria dos Cidadãos. Emocionado, o homenageado participou do ato ao lado da esposa, dos filhos – Antônio Ricardo Romanini e Rosane – e dos netos – João Augusto, Gabriel e Rodrigo.  

Trajetória

Olmar Romanini nasceu em 23 de dezembro de 1931, no distrito de Bela Vista, pertencente na época a Veranópolis. Seus avós e seu pai, ainda bebê de colo, vieram da Itália em uma viagem que durou seis meses até a chegada ao Rio de Janeiro. De lá os imigrantes italianos se estabeleceram em diferentes regiões do País e Veranópolis foi uma das cidades escolhidas.

Foi vítima de uma escola repressora na qual a palmatória e o castigo de ajoelhar sobre o milho eram usados pelos professores. Como alternativa, fugia da escola com irmãos e amigos, perdendo o interesse em estudar. 

Aos 12 anos de idade, começou a trabalhar em um frigorífico em Bela Vista. Conforme Romanini, a jornada era exaustiva, pois iniciava às 4h da madrugada e terminava às 23h. Atuou também em uma carpintaria, construindo casas, e em uma fábrica de esquadrias.

Em 1953, Romanini mudou-se para o Vale do Sinos em busca de emprego, aproveitando sua experiência com madeira, conseguiu uma oportunidade em uma empresa de esquadrias. 

Casado com Maria Caser, moraram em uma casa alugada próximo à Sociedade Ginástica da Novo Hamburgo e algum tempo depois viveram próximo ao Clube de Futebol de Novo Hamburgo. Depois de dois anos na cidade, nasceu seu primeiro filho, Antônio Ricardo Romanini, e cinco anos depois, Rosane Romanini. Tem  três netos: Gabriel (23 anos), Rodrigo (18 anos) e João Augusto (14 anos).

Fã de futebol, frequentava o Esporte Clube Floriano, como associado, assistindo aos jogos. Romanini foi jogador do Veranense, disputando vários campeonatos de amadores. 

Após anos de trabalho, comprou um terreno no bairro Rincão e construiu sua casa, onde mora há 53 anos. Na ocasião, a localidade, ainda com poucos moradores, não tinha luz, água e nem esgoto. Com o passar do tempo, começou a lutar por melhorias para a região, reivindicando um posto de saúde, espaços de lazer, segurança, entre outros. Ingressou na Associação de Moradores do Bairro Petrópolis e criou uma nova entidade representativa, que contemplou também o bairro Rincão. 

De 2005 a 2013, Olmar ocupou o cargo de presidente da Associação dos Moradores dos Bairros Rincão e Petrópolis. Em 2014, foi eleito vice-presidente. Nesses anos de dedicação, várias foram as conquistas. Entre elas estão o posto de saúde, a duplicação da rua Rincão, a Praça Assis Barreto, a revitalização do Ginásio Emílio Agostinho Cavasotto, a conquista da sede da associação e o viaduto do Rincão. 

Desde a implantação do Orçamento Participativo é delegado, acompanhando os projetos do orçamento. Para Romanini, é justo que os moradores dos bairros e da cidade decidam as demandas através do processo de votação. “Acho que mobilizei a todos, e isso é muito bom”, disse Romanini ao falar que sua família participa de várias ações em prol da comunidade.