20/05/2010 - Obras paradas no Hospital dependem de nova licitação

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h02
Ruy Noronha explica situação aos vereadores
20/05/2010 - Obras paradas no Hospital dependem de nova licitação

Reunião ocorreu no começo da tarde desta quinta

O Procurador-geral do Município, dr. Ruy Noronha, reuniu-se na quinta-feira, 20, à tarde, no gabinete da presidência, com os vereadores e direção da Câmara. Até agora, o perito contratado pela Prefeitura não entregou o parecer que apontará ou não irregularidades na obra de ampliação do Hospital Municipal. Ruy Noronha foi categórico: "Independente do parecer do perito, a retomada das obras só poderá ser feita através de nova licitação." Os vereadores fizeram vários questionamentos e Noronha detalhou o andamento do processo. Questionado pelos vereadores sobre a possibilidade de um acordo entre as partes, Noronha afirmou que a Prefeitura está impedida por lei de fazer qualquer acordo com a empreiteira", seja a Fagundes ou qualquer outra.

Jesus Maciel, presidente da Câmara, aguarda a conclusão do perito, prometida para final deste mês, para tomar uma decisão junto ao pretor da 4ª Vara Cível de NH, Mozart Gomes da Silva. Ele e os demais vereadores deverão formar uma comissão, juntamente com o procurador-geral do Município, para falar com o pretor e buscar o apoio do Judiciário, na tentativa de que a questão se resolva no menor tempo possível. A nova ala do Hospital terá 60 leitos e capacidade de atender 400 pessoas/mês.

ENTENDA O CASO

As obras de ampliação do Hospital Municipal estão paradas desde fevereiro de 2009. Para verificar essa situação, os vereadores visitaram o local no início de maio. Foram acompanhados pelo prefeito Tarcísio e pela direção da Fundação de Saúde Pública. A iniciativa da visita às obras de ampliação do Hospital partiu da Comissão de Saúde da Câmara, presidida pelo vereador Raul Cassel e integrada pelos vereadores Ito Luciano e Gerson Peteffi.

Há dúvidas quanto ao valor total da obra, que é de R$ 4 milhões e 300 mil. A Prefeitura questiona se os pagamentos efetuados correspondem exatamente ao que foi realizado. Tarcísio Zimmermann explicou que em maio de 2008, o controle interno da Prefeitura apontou diferenças significativas entre o que foi orçado pela empreiteira Fagundes e o preço de mercado. De posse desse documento, o então presidente do Diretório Municipal do PT, José Luiz Lauermann, fez uma representação junto ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público. Ruy Noronha declarou que até agora o Tribunal de Contas não se manifestou e que o Ministério Público não encontrou irregularidades na licitação. Em março de 2009 venceu o prazo do contrato com a empreiteira, que não foi renovado. A empresa ajuizou ação contra a Prefeitura, para receber valores contestados por esta. O Executivo recorreu porque a obra está inacabada. Entrou com uma ação contra a empreiteira, cuja definição depende de parecer de um perito judicial. No momento, aguarda-se o relatório do perito. O custo da peritagem é de R$ 47 mil, sendo que a metade desse valor foi depositado em janeiro último. Segundo Tarcísio, tão logo o perito se manifeste, a Prefeitura vai licitar a continuidade das obras, pois o contrato com a empresa Fagundes não está mais em vigência.

20/05/2010