Obras civis do trensurb devem estar prontas no fim de abril
O secretário afirmou que até o final de abril todas as chamadas obras civis estarão concluídas – ou seja, os elevados, as estações Fenac, Industrial e central, além das travessias das Nações Unidas e as pontes. “Isso vai aliviar, sem dúvida nenhuma, o trânsito.” Restará ainda a ciclovia, pois ainda há discussões sobre sua extensão e trajeto, abrigos nas estações. Segundo ele, entre agosto e setembro o trem já estará funcionando comercialmente.
Oliveira destacou que uma área perto da estação central foi reservada para um terminal de ônibus, que fará ligações com o trem. “Enquanto isso não ocorrer, o sistema seguirá como está hoje.” E afirmou que a Prefeitura realizará em breve um estudo sobre mobilidade urbana e uma nova licitação para o transporte coletivo.
Trensurb
O engenheiro responsável pelas obras da Trensurb em Novo Hamburgo, Lino Fantuzzi, também participou da sessão desta quinta-feira a convite de Cassel e Issur. Ele apresentou os principais aspectos da obra, como os investimentos realizados (R$ 950 milhões) e a sua importância. Os trabalhos incluíram mais de 900 quilômetros de via elevada, a canalização do arroio Luiz Rau e o reassentamento de famílias. O engenheiro destacou que, entre os benefícios do trem, estão desafogamento da BR-116 e o baixo custo da tarifa. Por fim, reiterou que previsão de conclusão das obras é agosto deste ano. “A partir daí terão início os testes, para então ser possível liberar para operação comercial.”
Raul Cassel (PMDB) apontou que seu consultório fica perto das obras da estação central. “Serão recondicionados calçadas e cordões?”, questionou, destacando que quem trabalha no local sofreu vários prejuízos. Gerson Peteffi (PSDB) perguntou sobre o destino da área desapropriada. “Terá várias destinações, como bicicletário, estacionamento, e também deverá haver um troncal de integração de algumas linhas urbanas”, respondeu Fantuzzi. O tucano ainda apontou que a comunidade pede uma passarela entre a Otto Kopschina e a Tupiniquins, que dá acesso a todo o bairro Ideal. O engenheiro pediu que o pedido fosse formalizado, para que possa ser realizado o encaminhamento necessário.
Sergio Hanich (PMDB) disse acreditar que o trem deveria ir até a Feevale. “Não indo até lá, deveria ter terminado na rodoviária.” O presidente Naasom Luciano (PT) agradeceu a sua presença e fez votos de sucesso à empresa e às obras. “Com certeza, o fluxo de passageiros será muito grande e vocês terão o retorno devido.” Fantuzzi finalizou sua fala lembrando o papel da Câmara na conquista do trem para Novo Hamburgo.
Questionamentos
Os vereadores fizeram vários questionamentos e sugestões ao secretário. Jorge Tatsch (PPS) apontou que comerciantes na avenida 1º de Março, perto do Mercado Padre Reus (na região da estação Santo Afonso) reclamam da falta de estacionamento. “Ali só há cordões amarelos.” Roger Corrêa (PCdoB) perguntou se está sendo feito um diálogo com a comunidade para dar suporte ao novo processo de licitação. O secretário disse que já foram realizadas audiências sobre o tema – e que devem ser marcadas outras.
Patrícia Beck (PTB) quis saber sobre a possibilidade de fechamento do paradão da rua 1º de Março, uma demanda repassada por ela ao Executivo por meio de pedido de providência. Oliveira disse que isso está contemplado no plano de revitalização do Centro. A vereadora aproveitou para pedir que o secretário reúna-se com comerciantes na Bartolomeu de Gusmão, pois eles reclamam do grande fluxo de caminhões na via.
A criação de uma linha direta entre as estações foi um dos tópicos abordados por Gerson Peteffi (PSDB). “Temos projeto de uma linha exclusiva entre o Centro e a Estação Santo Afonso”, respondeu Oliveira. O tucano também frisou que foi procurado por moradores do bairro Ideal, que sugeriram uma ponte para pedestres na rua Tupiniquim. “Seria uma obra pequena, mas de grande impacto na vida das pessoas.” O secretário disse que vai fazer os encaminhamentos necessários.
Issur perguntou se existe algum planejamento para quem sai do Centro da cidade para entrar na BR-116. Oliveira garantiu que essa é uma preocupação da pasta, que está buscando alternativas. O progressista ainda sugeriu a cobertura do arroio na Nicolau Becker e repassou algumas perguntas enviadas a ele por mensagens eletrônicas durante a sessão. Luiz Fernando Farias (PT) destacou o trabalho de sinalização realizado pela secretaria. “Esse trabalho é notado pela população. Nos finais de semana os servidores estão lá trabalhando.”
Raul Cassel (PMDB) frisou que a sinaleira entre as ruas Frederico Linck e Aimoré tem causado transtornos. O secretário garantiu que ela será retirada, pois só foi colocada lá por causa das obras. Cassel ainda pediu redutor de velocidade em uma via na qual os veículos trafegam em alta velocidade. Por fim, apontou que deveria ser aberta a rua que liga a área judiciária de Novo Hamburgo com a rua Sapiranga, “pois nossa rótula da Prefeitura não comporta mais o movimento”. “Sem dúvida, ajudaria muito”, concordou o secretário. Mas Oliveira ponderou, com relação ao segundo questionamento, que se tem evitado colocar redutores de velocidade em vias mais expressas.
Ricardo Ritter – Ica (PDT) elogiou a atuação da secretaria durante as obras do trensurb, e destacou que muitos cidadãos têm pedido mais quebra-molas nas ruas. Enfermeiro Vilmar perguntou se as câmaras de vigilância de Canudos estão funcionando. “Sim, as três câmeras do bairro estão em pleno funcionamento”, garantiu o secretário. Sergio Hanich (PMDB) agradeceu Oliveira por sempre atendê-lo e citou algumas ruas, como a Dublim, que representam risco ao pedestres e nas quais, segundo ele, é preciso colocar redutores de velocidade. Serjão sugeriu também a retirada de sinaleiras da José do Patrocínio e a criação de rotatórias.
Naasom Luciano (PT) perguntou onde será construído o terminal de baldeação. Segundo o secretário, haverá uma perto da UPA de Canudos e outra nas proximidades da Sociedade Ginástica. O presidente da Casa pediu ainda que seja analisada a sincronia das sinaleiras entre a Nações Unidas e a 24 de Maio. “Quando os ônibus e caminhões vão fazer a travessia, sempre acontece congestionamento, pois um lado abre e outro fecha.”