Moradores da Vila Iguaçu fazem reivindicações em sessão comunitária
Pedrinho Oliveira lembrou que diversas demandas da comunidade já foram atendidas, mas que ainda há muito o que conquistar, como quebra-molas e canalização de esgoto em algumas ruas, mais vagas em creches, mais médicos nos postos de saúde e redução do preço da passagem de ônibus. Por fim, ele destacou a importância da participação dos cidadãos na política, aproveitando oportunidades como essa para cobrar melhorias.
Isidoro Batista, da Igreja de Jesus, também falou sobre a falta de médicos no posto de saúde local. Segundo ele, há alguns anos havia pediatras, dentistas e outros profissionais de saúde. Agora, entretanto, há apenas um para atender todos os moradores. “Temos vários médicos concursados em Novo Hamburgo, peço que sejam enviados alguns para cá.”
Sandro Luiz da Silva, representante da escola Antônio Conselheiro, frisou que há um movimento para que o trem passe pelo bairro Canudos. “Acho que seria mais interessante, aqui tem uma grande população.”
Neli Nunes, da Marisol, relatou que as obras de tratamento de esgoto não foram concluídas, e que os moradores convivem com cheiro pútrido. “Pagamos um absurdo de água, para pagar um 'tratamento' de esgoto a céu aberto.” Ela lamentou a falta de médicos no posto local e criticou o plano de trazer médicos estrangeiros para atual no País. “Temos uma creche que já vai fazer o segundo aniversário e está fechada. Minha reivindicação é esta: concluam o que foi começado.”
Falas dos vereadores
Serjão disse que, apenas nesta quarta, atendeu 32 pessoas do bairro Canudos em seu gabinete e, por isso, estava surpreso com a reduzida participação da comunidade na sessão comunitária. Ele relatou algumas conquistas do bairro e ponderou que ainda há muitos problemas na área da saúde, como a grande fila para cirurgias. “Façam as suas reivindicações. Os vereadores são os despachantes da comunidade, temos o dever de levá-las ao prefeito e às secretarias.”
Patrícia explicou que a situação da saúde não é de fácil solução, e defendeu a importação de médicos para suprir as necessidades dos postos mais carentes. “Só temos curso de Medicina na UFRGS. Alguém aqui conhece alguém que estuda Medicina lá?”, questionou. Ela afirmou que o prefeito está buscando uma forma de pagar ainda melhor os profissionais da saúde do Município, para que eles permaneçam em Novo Hamburgo.
Lucas falou sobre a importância da representação do bairro na Câmara. “Canudos é um bairro com potencial de cidade. Com certeza tem muito trabalho para os vereadores.” Sobre a questão dos médicos, ele contou que viu uma matéria na TV sobre uma vaga para cirurgião com salário de R$ 30 mil – que está há um ano em aberto. Segundo ele, a prioridade nas contratações de médicos para a rede pública sempre será de brasileiros, mas, caso não haja interesse, elas serão oferecidas primeiro a profissionais espanhóis e portugueses, que têm uma formação parecida. Lucas frisou ainda que uma ideia é abrir um curso de Medicina na Feevale. Por fim, ele destacou que a ata da sessão será encaminhada ao prefeito.
Colocações finais
Pedrinho Oliveira reiterou a importância da participação dos cidadãos na política, levando suas reivindicações aos representantes. Ele pediu mais apoio ao esporte amador, pois é uma forma de afastar os jovens das drogas, e lamentou a não realização dos repasses ao futebol do bairro e a falta de campos para os treinos. “Os times da vila que precisam de apoio não estão recebendo.” Ele pediu também mais reconhecimento aos artistas locais. Por fim, divulgou as atividades realizadas na sede da sociedade Novos Talentos. “Se todo mundo fizesse um pouquinho, o mundo seria bem melhor.”