Moção pede a liberação da fosfoetanolamina sintética

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 20h02
15/02/2016 – Aprovada nesta segunda-feira, 15, a Moção nº 1/2016, que pede a liberação, produção e distribuição da fosfoetanolamina sintética. A proposta é de Enfermeiro Vilmar (PR) e conta com a assinatura de todos os vereadores, com exceção de Raul Cassel (PMDB) e Gerson Peteffi (PSDB), que votaram contra a iniciativa. O autor explica que a fosfoetanolamina é um composto orgânico, presente em diferentes tecidos dos mamíferos, que age como um marcador de células diferenciadas, consideradas cancerosas, e não atinge as células saudáveis, sendo capaz de impedir o crescimento de metástases.

“Tem sido divulgada amplamente pela mídia nacional a informação que a fosfoetanolamina desenvolvida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) vem tendo resultados satisfatórios na cura do câncer”, salienta Vilmar. Ele lembra que o composto ainda precisa ser regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Vilmar usou a tribuna para defender a moção. "Sabemos que o câncer tem cura se tratado com brevidade. Se não agir de forma correta, muitas vezes, o paciente perde a vida." Ele lembrou a importância da saúde preventiva.

Patrícia Beck (PTB) defendeu a moção e falou sobre a importância de mobilizar todo o País para que a substância seja definitivamente aprovada.

Enio Brizola (PT) ressaltou que foi um químico brasileiro que descobriu a fosfoetanolamina e que doou os direitos do remédio. "Poderá ser um medicamento que salvará muitas vidas."

Raul Cassel (PMDB), que também é médico, leu um documento do Conselho Regional de Medicina (CRM) e destacou que ainda não há estudos sobre os efeitos colaterais desse remédio. "Eu não posso ser favorável a um droga experimental, que ainda não tenha estudos mais completos. Não temos uma definição científica sobre o assunto."

Sergio Hanich (PMDB) alertou sobre os interesses que estão por trás dessa liberação e de mais estudos. "Por que a Anvisa não ajuda a liberar o remédio ou  explica para a população por que não é possível a sua liberação", questionou.

Gerson Peteffi (PSDB) também embasou seu voto no documento do CRM.

A moção será enviada à Presidência da República, à Anvisa, ao Supremo Tribunal Federal ao Ministério da Saúde, à Secretaria de Saúde do Estado e à Assembleia Legislativa e todas as Câmaras das região metropolitana, Vale dos Sinos e Paranhana.


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