Médico descarta surto de meningite no Município
Segundo ele, as infecções desse tipo são de notificação compulsória, ou seja, todos os casos devem ser informados à vigilância. “Há apenas um caso de meningite meningocócica (o tipo mais grave causado por bactéria) confirmado em Novo Hamburgo.” Albé explicou que a criança, de quatro anos, foi internada, já está em tratamento e tanto os pais quanto os colegas da escola de educação infantil que ele frequenta receberam medicação para prevenir que a enfermidade se espalhe.
Os vereadores informaram que vem recebendo muitas ligações de pessoas preocupadas com a doença. Segundo o epidemiologista, Novo Hamburgo e região têm cerca de 120 casos dos mais diversos tipos de meningite por ano.
“Visito todos os casos notificados e não há um volume maior do que em períodos anteriores”, garantiu. O importante, segundo ele, é que os pais mantenham a carteira de vacinação atualizada. E salientou, ainda, que o Brasil tem um dos melhores calendários de imunização do mundo.
Patrícia questionou sobre as vacinas que não estão disponíveis na rede pública – contra a meningite B e a tetravalente, que protege contra os tipos A, C, Y e W. A primeira, conforme explicou o médico, tem um custo bastante alto, pois foi lançada há pouco mais de três meses e pode ocasionar uma série efeitos colaterais. “Além disso, já faz um tempo que não temos casos do tipo B.”
Desde 2010, as unidades de saúde disponibilizam a vacina para a meningite C, que tem duração de cinco anos. A imunização deve ser tomada aos três, cinco e 15 meses de idade. Os parlamentares indagaram sobre a possibilidade de serem distribuídas doses para crianças maiores. “Não há previsão. O Município apenas aplica as vacinas que são adquiridas pelo Ministério da Saúde.”
A meningite bacteriana é uma doença grave, que pode ser fatal caso não se inicie o tratamento em 24 horas. Os principais sintomas são febre alta, rigidez na nuca, dor de cabeça, podendo aparecer manchas vermelhas no corpo. Nos bebês inclui-se ainda choro constante, prostração e moleira alta. Por isso, enfatizou Albé, ao perceber os sintomas é imprescindível que o cidadão procure atendimento médico.
O epidemiologista ressaltou ainda que atitudes simples como lavar sempre as mãos, deixar os ambientes bem arejados e higienizar os locais com água sanitária podem prevenir a doença.