Liga Feminina de Combate ao Câncer é reconhecida de utilidade pública

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h01
05/07/2012 - “A liga é feminina, mas o trabalho é por toda a comunidade”, com essa faixa a Liga Feminina de Combate ao Câncer comemorou nesta quinta-feira, dia 5, a aprovação do Projeto de Lei n° 54/ 2012, que reconheceu de utilidade pública a entidade.

 “Esperávamos muito por esse certificado”, disse a presidente da LFCC, Teonisia Reichert Vidal da Silva. A iniciativa foi sugestão do vereador suplente Daniel Schokal (PSDB) e recebeu a assinatura de todos os parlamentares.

Conforme Teonisia, trabalham na entidade 43 profissionais graduados em diversas áreas. “São 396 pacientes atendidos diariamente, 67% são mulheres”. Ela esclareceu que são recebidos pacientes com qualquer tipo de câncer. As pessoas têm renda familiar até dois salários mínimos. Além de medicamentos, a entidade fornece suplementação alimentar especial, elaborada por nutricionistas com prática na área de oncologia. A LFCC, conforme sua presidente, vive financeiramente com recursos próprios, sem auxílio do governo federal, estadual ou municipal. Em função da falta de garantia de recursos, a Liga já pensou em reduzir a quantidade de atendimentos. “Mas nenhuma de nós consegue dizer não. Vamos aceitando e aceitando. O desafio financeiro é mensal”, concluiu. No dia 14 de julho, a Liga vai promover uma feijoada para arrecadar recursos.

O reconhecimento de utilidade pública não acarretará nenhum ônus aos cofres da municipalidade.

Vereadores

Ao ocupar a tribuna, Gerson Peteffi (PSDB) lembrou que a iniciativa foi do vereador suplente Daniel Schokal (PSDB), que abriu a oportunidade para que os demais colegas também assinassem a autoria do projeto de lei. Segundo Peteffi, muitas pessoas acreditavam que essa entidade já fosse de utilidade pública.

Schokal declarou que o apoio de todos os parlamentares a essa iniciativa é como se toda a comunidade de Novo Hamburgo assinasse esse projeto. Ele frisou que o Legislativo é parceiro da Liga.

Raul Cassel (PMDB) lembrou que a LFCC é um braço social da municipalidade. “Voto sim com muito prazer, porque acompanhei muito de perto o trabalho da Liga”. O parlamentar lembrou o apoio que a entidade recebe das irmãs do Hospital Regina, e o trabalho de disseminar orientações preventivas. Além disso, destacou as dificuldades enfrentadas pelos pacientes de baixa renda que ouvem dos serviços de saúde que os exames poderão ser feitos somente daqui a alguns meses.

Jesus Maciel (PTB) parabenizou a atuação da entidade, destacando a atuação abnegada das voluntárias. “Vocês são exemplo por fazerem um trabalho diferenciado na comunidade”.

Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) lembrou que a Liga auxilia inclusive os familiares dos enfermos. Carmen Ries (PT) afirmou que hoje as mulheres conseguem enfrentar o problema com coragem graças à LCFF. “Mesmo sem auxílio do Município, vocês foram guerreiras”, declarou a vereadora.

Anita Lucas de Oliveira (PT) esclareceu que o reconhecimento é uma formalidade. Segundo a vereadora, a entidade já é referência entre a comunidade. A parlamentar mencionou que Primo Pasquale, morador do bairro São Jorge, revelou durante sessão comunitária que graças a LFCC pôde iniciar o tratamento de sua doença.

Ricardo Ritter – Ica (PDT) elogiou a atuação das voluntárias. Assim como os demais parlamentares, Ica acreditava que a entidade já fosse de utilidade pública. “Schokal conseguiu ver uma falha que impedia que a LFCC recebesse recursos públicos”, afirmou.

Volnei Campagnoni (PCdoB) declarou que, se uma pesquisa fosse feita, a liga teria 100% de aprovação. Sergio Hanich - Serjão (PMDB) agradeceu e parabenizou as voluntárias pelo trabalho realizado.

Saiba mais

A Liga Feminina de Combate ao Câncer, cuja fundação ocorreu em 02 de janeiro de 2001, é uma entidade que atua em prol de pessoas portadoras de câncer e em situação de vulnerabilidade social. Mesmo antes de sua fundação, atividades já eram realizadas desde 27 de setembro de 1984.

A LFCC realiza ações complementado o serviço público e facilitando aos usuários o acesso ao diagnóstico, medicamentos, fraldas e entre outros. Segundo a entidade, a grande maioria dos usuários reside na periferia do Município e tem uma renda baixa, dificultando o acesso ao tratamento.