Gabinete: Fufa concede entrevista a jornalista hamburguense para canal do YouTube

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h01
23/07/2015 – Em entrevista concedida a Guillermo Aboal nesta terça-feira, 21, Fufa Azevedo (PT) falou sobre a sua trajetória política, segurança pública e o governo municipal. O jornalista está criando um programa no YouTube em parceria o cinegrafista Rafael Alves. Ainda não há uma data definida para a conversa ir ao ar.

Antes da política

Apresentando o vereador aos telespectadores, Aboal pediu que ele contasse como chegou à política. Fufa disse que, por ser filho de militantes do Partido dos Trabalhadores, sempre participou das lutas sociais e sindicais. “A minha vida toda foi permeada por isso.” Foi um amigo que sugeriu a candidatura. “Cresci com essa sensibilidade para desigualdade social, e me dei conta de que isso não tem a ver com caridade, mas com política”, relatou sobre sua decisão.

Segurança e violência

O jornalista propôs abrir a página policial do jornal da cidade para que o vereador analisasse a gestão política do Município. Sobre a violência, Fufa declarou que todos os locais têm notícias ruins, devido à busca pela audiência. “É uma tendência a valorizar tudo que é pior, gastar mais tempo e energia com isso”, ponderou. O vereador declarou que a população deve exercer uma cidadania crítica, mas também precisa conhecer mais sobre política e as questões do município.

Ele também frisou que a violência ocorre por conta da vida urbana e grande desigualdade social. “A maior parte das pessoas com acesso a educação, emprego e incentivo não vão escolher entrar para o crime.” Aboal perguntou se existe alguma solução para o problema, e a resposta foi assertiva: “Precisamos de inteligência na segurança pública e não de mais polícia, pois esse sistema não resolve. É a ação policial rápida ligada ao monitoramento tecnológico que necessitamos”.

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Aboal mencionou a participação ativa nas redes sociais e que, por isso, Fufa deve saber como a população o enxerga. “Eu não sei exatamente quem são as pessoas que votaram em mim. A única coisa que sei, porque esse foi um limite que coloquei, é que elas não querem alguém que prometa e que seja assistencialista.” O vereador disse achar prejudicial representar bairros e vilas específicas, pois vereadores devem representar a cidade, a população, e não ser porta-vozes de problemas particulares de eleitores. “Isso faz a população acreditar que nunca vai chegar ao sistema de saúde se não for por meio de um político. Quando chega alguma reclamação para mim, explico que não resolvo sozinho, mas através da máquina pública”, explicou.

Questionado sobre como gostaria de ser visto, Fufa analisou: “Não espero que todo mundo goste de mim. Só gostaria que fosse possível que as pessoas me conhecessem melhor e que eu fosse julgado pelo que sou”. O vereador ainda falou que é aberto para que liguem para seu gabinete, o contatem no Facebook e agendem uma visita para discutir política. “Toda hora fazemos audiências públicas no meu mandato para discutir reforma política, obras do Parcão, defesa animal e outros temas.”

Enchentes

Sobre as enchentes, Fufa pondera: “As cidades vêm crescendo à custa da natureza, não dá para aprovar loteamento de qualquer jeito em área de banhado, como acontecia antigamente. Foram muitos anos cometendo erros para que chegássemos a esse ponto, e para que a natureza cobrasse essa conta. Não existe milagre para resolver um problema estrutural”.

Ele busca auxiliar a população por meio de informações nas redes sociais e fortalecendo as redes de ajuda. “O pós-cheia é tão ruim quanto o alagamento, porque, quando as pessoas estão voltando para suas casas, precisam de muitos produtos de limpeza”, destacou.

Avaliação de governo

No fim da entrevista, Aboal pediu que Fufa avaliasse o governo do prefeito Luis Lauermann e o seu próprio mandato. “Vivi a experiência de trabalhar no Executivo e sei que é muito difícil. Pelas dificuldades do momento, e por ter ideia do que é sentir isso na pele, eu daria uma nota que acho bonita, um 7,5 para todo mundo.” Para dar uma nota para si mesmo, o vereador encontrou dificuldades e reagiu com bom humor, mas decidiu por 7,8.

O encerramento foi feito com uma frase própria de Fufa: “Só existem dois tipos de pessoas na vida: tristes e felizes. E que a gente possa, cada vez mais, ser do tipo felizes.”

*Matéria enviada por Bianca Lopes, estagiária de Jornalismo no gabinete de Fufa Azevedo.