Gabinete: Em debate para a TV Câmara, Fufa defende a reforma política

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h01
01/06/2015 – Na última semana, Fufa Azevedo (PT) participou do programa Contraponto da TV Câmara, que foi mediado pelo jornalista Liceo Piovesan e contou com a presença do também vereador Raul Cassel (PMDB). Dividido em três blocos, um para cada assunto, o programa abordou a reeleição, o financiamento de campanhas e as coligações partidárias – principais temas discutidos na reforma política.

Fufa defendeu a mudança nos três âmbitos, visando uma maior ideologia partidária e menos corrupção no meio político. "A solução para a sociedade brasileira passa pelo fortalecimento dos partidos, pela luta de agentes políticos. Os partidos são completamente despolitizados, não se discute programa, não se discute pensamento e ideologia", afirmou Fufa sobre o problema do período político atual.

Reeleição
A carreira na política não é uma controvérsia para o vereador, mas sim o tempo que dedicado a um mesmo cargo. "É absolutamente legítimo a pessoa dedicar a sua vida à política. Se não houver pessoas que façam isso, o que seria de nós enquanto sociedade? Mas isso não pode ser interminável", ponderou Fufa. Raul, por sua vez, sugeriu uma formação política para todos os cargos.

Financiamento de campanhas
Fufa afirmou ser a favor do absoluto fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, defendido também pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB), Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para ele, existem contribuições legítimas para candidaturas, mas empresas não contribuem para as eleições e, sim, fazem investimentos. "Não existe nenhuma forma de um agente público, estando em uma prefeitura, roubar o dinheiro público. O dinheiro só sai para pagar salário de fornecedor. Então todo o ato de corrupção, toda vez que a gente enxerga alguém recebendo um dinheiro roubado do serviço público, tem ali por trás uma má empresa que estava roubando 1 milhão e pagando 100 mil reais", explicou.

Coligações partidárias
As bandeiras de cada partido ficam comprometidas com as coligações, o que foi um ponto de concordância entre Fufa e Raul durante o debate. Votar em um candidato que defende sua ideologia e acabar elegendo alguém que defende o contrário é um dos grandes conflitos, segundo o vereador petista. "Alguns partidos pequenos são criados para chegar no momento da eleição e vender um tempinho de programa no horário eleitoral para uma determinada candidatura e negociar que, depois, tenham cargos de confiança em uma prefeitura. Ou seja, tem tudo no meio disso, menos representatividade social", argumentou Fufa.

O Contraponto será exibido na TV Câmara nesta quinta-feira, 4, às 18h no canal 16 da NET.

*Matéria enviada por Bianca Lopes, estagiária de Jornalismo no gabinete de Fufa Azevedo.