Gabinete: Assessoria de Enio Brizola participa de audiência sobre Segurança na Assembleia Legislativa
Com a presença de associações e sindicatos ligados à segurança e de concursados que aguardam ser chamados, o deputado Nelsinho (PT), presidente da CSSP, abriu a reunião lamentando a ausência do secretário estadual de Segurança, Wantuir Jacini. Em seguida, o parlamentar apresentou dados preocupantes sobre a segurança pública: somente nos três primeiros meses desse ano, já foram 650 assassinatos. “São sete mortos por dia”, alertou. O levantamento aponta ainda que foram roubados ou furtados 9 mil veículos, além de 120 casos de ataque a caixas eletrônicos, sendo 21 com explosivos.
Ao falar sobre os efetivos da segurança, o deputado expôs que, na Brigada Militar, deveria haver 33.200 policiais, mas a corporação conta com 20.400; no Corpo de Bombeiros deveria haver 3.800 em efetivo, porém estão preenchidas apenas 2.600 vagas; na Polícia Civil há 5.582 agentes, quando deveriam ser 9.900; na Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) seriam necessários 6.663 servidores, mas existem 5.135; e no Instituto Geral de Perícias (IGP), dos 1.751 cargos, estão ocupados 762.
Nelsinho também falou sobre a reposição salarial aprovada para a categoria, que está congelada, e ainda fez uma série de indagações, questionando o governo do Estado sobre a diminuição de efetivos na Polícia Civil, com as 400 aposentadorias já concedidas em 2015 e as outras 800 que estão tramitando, e falou da necessidade de chamar os concursados.
Em seguida, a reunião foi aberta para debates. Os participantes relataram que a escolta da Susepe conta com 50 servidores, número considerado baixo pelos representantes do órgão presentes, que os bombeiros estão com 30 mil pareceres do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) aguardando por análise e que os 30 veículos que vieram para ser usados na Patrulha Maria da Penha estão em outros serviços.
Como encaminhamento da audiência pública, a comissão fará a convocação de Jacini para buscar respostas às indagações dos servidores, além de ser o momento para o secretário apresentar seu plano e política de trabalho.
O vereador Brizola, que é presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, sintetizou os trabalhos: “São dados alarmantes, que exigem uma resposta eficaz do Governo do Estado. Não é possível acompanharmos tudo isso e ficarmos de braços cruzados. Nosso mandato está debatendo o tema com seriedade para acharmos formas de melhorar a situação da segurança pública em nossa cidade”.
*Matéria enviada por Deivid Poncio, estagiário de Jornalismo no gabinete de Enio Brizola.