Frota de veículos de NH cresce em sete mil novos registros a cada ano

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h00
12/11/2014 - A cada ano, ocorre o acréscimo de sete mil veículos à frota de Novo Hamburgo, cujo total é de 140 mil. O dado foi repassado pelo secretário Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, Egon Kirchheim, na sessão plenária desta quarta, 12. Esse aumento expressivo de novos carros registrados dificulta o tráfego nas ruas, que não são ampliadas para suportar esse volume. Ele lembrou que cabe à secretaria pensar o traçado e a segurança. Acrescentou que para cada demanda encaminhada à pasta são avaliadas as questões legais, especialmente quanto ao código de trânsito. Ele compareceu ao plenário para falar sobre mobilidade urbana a pedido dos vereadores, que encaminharam requerimento verbal.

Vários parlamentares fizeram indagações ao secretário quanto à colocação de quebra-molas, sinaleiras, conserto das pontes no bairro Canudos, e, especialmente, sobre a licitação do transporte público com passagem integrada.

Em sua exposição, ele destacou a importância da adoção na cidade de laços de quadra, eliminando conversões à esquerda que complicavam o trânsito em vários pontos da cidade. Kirchheim relatou que várias melhorias foram feitas para facilitar o tráfego, entre elas citou a eliminação de acesso à esquerda a uma via próxima à rótula da rua Marcílio Dias com a Avenida Dr. Maurício Cardoso. “Hoje ocorrem menos acidentes naquela região”, disse. O secretário acrescentou que foi criado um tempo específico na sinaleira da rua Cinco de Abril que atende aos pedestres. Isso ocorreu em razão do aumento do número de pessoas circulando na região em virtude da estação do trem. “Proibimos a conversão à esquerda e, com isso, conseguimos um tempo para os pedestres”, disse. Ao ser indagado pelo vereador Gerson Peteffi (PSDB), reiterou que o retorno na Avenida Nações Unidas é permitido, sendo proibida apenas a entrada na Cinco de Abril.  

Kirchheim afirmou que várias ruas estão esgotadas, como a Avenida Dr. Maurício Cardoso, e outras, que sofreram intervenções, mas que continuam com problemas de tráfego. Conforme ele, algumas  aguardam desapropriações.  

Outras indagações

Após o pronunciamento do secretário, no espaço do Expediente Oral, os vereadores da oposição Sergio Hanich (PMDB) e Raul Cassel (PMDB) lamentaram que muitas das questões feitas a Egon Kirchheim continuavam sem resposta.

Fufa Azevedo (PT) defendeu o Executivo em relação às cobranças feitas sobre o andamento de licitações. "Quando tratamos de regramentos públicos, precisamos lembrar que existe o mercado. A qualidade do asfalto, aquilo que pode ou não estar em uma licitação. Quantas (licitações) são desertas, sem nenhum interessado. E o Poder Público se vê refém e necessita abrir nova licitação com valor maior. Vamos colocar o dedo na ferida de setores empresariais.", disse. Ele lembrou ainda que não existe uma cidade de primeiro mundo que não tenha engarrafamento, citando Londres, Paris e Nova York.

Professor Issur Koch (PP) pediu que a secretaria envie as justificativas das negativas de pedidos de colocação de quebra-molas encaminhados pelos vereadores. Kirchheim respondeu que todos os pedidos são analisados e serão respondidos. Acrescentou ao vereador que a pasta mantém um cronograma para reforço na pintura de faixas de segurança e que uma equipe fará hora extra para colocar a sinalização em dia. Ele explicou que os atrasos ocorrem em decorrência das licitações, como compra de tinta, e por causa do tempo, umidade e chuva, que acabam postergando o serviço. 

Em resposta à indagação de Issur, o secretário afirmou que o trânsito na proximidade da estação Novo Hamburgo foi prejudicado pela abertura de um portão de estacionamento, e que o proprietário do local foi cobrado para que em 48 horas resolva o problema, alterando o acesso ao local para além da estação do trem. 

A vereadora Patrícia Beck (PTB) questionou a situação da rua Marquês de Abrantes, no São Jorge, na qual não foi colocado quebra-molas, e acaba sendo utilizada como rota de fuga e local de desvio quando da realização de barreiras. Ela indagou também sobre a interdição da ponte da São Luiz Gonzaga, pediu mais cursos de qualificação para os guardas municipais para atuarem na área de educação e orientação de trânsito e perguntou quando será realizado concurso público para essa área. Sobre a área de segurança, a vereadora falou ainda sobre as 47 baixas na Brigada Militar, entre expulsões e transferências. Conforme Kirchheim, na questão do quebra-molas da rua Marquês Abrantes não há possibilidade de colocá-lo em locais com curva ou aclive/declives. Acrescentou ainda que os guardas municipais passam por formação constante.

Cassel fez uma série de questionamentos ao secretário, entre eles sobre a licitação do transporte coletivo. “Hoje temos problemas de congestionamento em toda a cidade, urge que o gestor público faça um estudo mais grandioso que uma ou outra conversão. Tem horários que a cidade para”, citou os cruzamentos da rua Nicolau Becker e rua Sapiranga. Além disso, falou sobre a necessidade de recuo na estação Novo Hamburgo, no qual as pessoas possam parar para embarque e desembarque, sem prejudicar o trânsito. Egon afirmou que a Trensurb já havia feito contrato com a empresa de estacionamento e que o recuo não seria possível. 

O vereador Inspetor Luz (PMDB) questionou o secretário sobre as câmeras de segurança em algumas ruas, entre elas na 25 de Julho, Joaquim Nabuco e Borges de Medeiros. Relatou que, quando há o registro, as imagens têm auxiliado nas investigações policiais. Egon Kirchheim afirmou que estão programadas 29 câmeras com recursos federais.   

Cristiano Coller (PDT) reclamou do trânsito nas Nações Unidas, onde foi proibida a conversão à esquerda, no cruzamento com a Frederico Link. O parlamentar fez ainda apontamentos sobre sinaleiras e conversões em algumas vias. Enfermeiro Vilmar (PR) indagou se há alguma lei que determine o número de quebra-molas e pediu a colocação de sinaleira na rua Oscar Horn com a rua Bruno Werno Storck, citando também o caso da Odon Cavalcanti com a Ícaro. Ao responder o vereador Enfermeiro Vilmar, o secretário disse que foi realizado estudo, no qual o trânsito foi bloqueado por alguns segundos para avaliação do tamanho do engarrafamento. Na Oscar Horn, conforme o secretário, a sinaleira não é a melhor alternativa. Segundo ele, a melhor opção seria a conclusão da ponte da Avenida dos Municípios. Por sua vez, o vereador Luiz Fernando Farias (PT) disse que a questão mais importante dessa sinaleira é o trânsito de crianças por causa da escola que fica nas proximidades. Ele sugeriu que o semáforo funcione em quatro momentos do dia. O parlamentar falou ainda sobre a questão das bicicletas elétricas, que em algumas cidades há autorização para menores conduzi-las a partir de decretos. O vereador, no entanto, destacou que as prefeituras podem ser responsabilizadas em caso de acidentes envolvendo esses menores de idade. 

A respeito da construção de uma ciclovia até Lomba Grande, indagada por Enfermeiro Vilmar, Kirchheim disse que seriam necessários recursos federais, pois haveria a necessidade de adequação inclusive do acostamento. 

O vereador Sergio Hanich (PMDB) voltou a questionar a administração municipal sobre a situação das pontes obstruídas do bairro Canudos. O parlamentar apontou ainda a falta de sinaleiras sincronizadas, de elevadas e túneis na cidade que facilitariam o trânsito. O parlamentar questionou o número da frota informado pelo secretário, dizendo que deve chegar a 155 mil o número de veículos no Município. Lamentou que Egon Kirchheim, ao falar sobre a licitação do transporte público, tenha citado apenas cidades que não tiveram casos bem-sucedidos. Serjão disse que Novo Hamburgo deveria se espelhar no exemplo de Campo Bom, que fez um processo licitatório com objeto bem estruturado.  

Egon disse que as pontes citadas existem há 30 anos e são, em sua maioria, de madeira. Ele afirmou que a ponte da São Luiz Gonzaga foi interditada pelos técnicos da secretaria de Obras, em resposta à questionamento da vereadora Patrícia Beck. 

Peteffi perguntou ao secretário sobre a situação da ciclovia, na qual ciclistas e pedestres dividem espaço. Egon Kirchheim afirmou que será feita sinalização, sendo a parte da esquerda exclusiva dos ciclistas e a direita dos pedestres. Issur se pronunciou afirmando que essa não é a melhor alternativa para o problema.