Ex-diretor do IPASEM responde a questionamentos dos vereadores
Valnei explicou que assumiu como conselheiro do Ipasem em 2001 e, em 2004, assumiu a presidência - de onde saiu apenas em 2011. "Nestes anos assumimos uma instituição desacreditada e conseguimos reerguê-la." Segundo ele, em seis anos, o instituto foi capitalizado em mais de 700% e tornou-se referência no País e até no exterior. O ex-diretor lamentou ser novamente personagem de matérias jornalísticas devido a investimentos em bancos privados que teriam dado prejuízos. Ele argumentou que é possível ter perdas investindo em bancos públicos, e que haveria problemas nas informações repassadas pela atual diretoria. "Estou preocupado com o nosso instituto e com o que andam falando do meu nome por aí. É preciso fazer uma varredura em tudo o que existe no Ipasem." Ele pediu que seja enviada uma cópia de sua fala ao Ministério Público.
Falas dos vereadores
Serjão fez uma série de perguntas, como qual o documento que autorizou aplicações no banco alemão. "Nunca fiz investimento em banco alemão, e dos bancos em que fizemos investimentos há atas, sim", respondeu Valnei. Professor Issur Koch (PP) também fez diversos questionamentos, como se as verbas que foram investidas em bancos privados foram retirados de bancos públicos onde estariam rendendo mais. Valnei disse que essa informação não procede.
Patrícia Beck (PTB) perguntou qual o valor aplicado que deu problema, quanto que foi perdido e em que período. Valnei disse não saber detalhes dos investimentos do período após a sua gestão. "O que sei é o que todo cidadão sabe."
Cassel perguntou qual a importância do conselheiro no Ipasem. O ex-diretor disse que eles têm grande responsabilidade - e que precisam ter formação e conhecimento. O peemedebista quis saber também se não seriam mais vantajosos investimentos com renda fixa, tendo em vista as oscilações de mercado. Segundo Valnei, a legislação nacional pede variação de investimento. "Não podemos ter tudo em renda fixa. Dentro das variáveis é que estabelecemos nossa política. Não podemos nem investir na poupança." Por fim, o vereador perguntou sobre a existência de uma empresa privada contratada para recuperar recursos. Valnei disse que a Prefeitura teria contratado uma empresa para buscar valores no INSS, mas que o Ipasem não se envolveu.
Peteffi perguntou sobre a existência de atas e qual o valor do prejuízo. Valnei disse estimar que é de cerca de R$ 20 milhões em 2013 - e que todas as informações que repassa têm base em documentos oficiais. O vereador lamentou o fato de não ser possível investir em poupança. O ex-diretor ponderou que é preciso estar sempre estudando e atento para se fazer bons investimentos.
Antonio Lucas (PDT) perguntou se Valnei ainda não relevou alguma informação crucial ao promotor. "Eu não vi irregularidade em investimentos. O que vi é uma gestão com medo de agir. Ao deixar de agir, pode acontecer o prejuízo", respondeu. Luiz Fernando Farias (PT) perguntou se os investimentos feitos por Valnei em sua gestão eram resgatáveis ou engessavam a gestão futura. "Aqueles investimentos eram resgatáveis, sim."