Diretora-presidente do Ipasem faz esclarecimentos

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 20h00
08/12/11 - A convite da Comissão de Saúde da Câmara, integrada pelos vereadores Raul Cassel (PMDB), Gerson Peteffi (PSDB) e Jesus Maciel (PTB), a diretora-presidente do Ipasem (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais), Eneida Genehr, respondeu a questionamentos dos parlamentares. A participação ocorreu na sessão desta quinta-feira, dia 8 de dezembro.

Cassel reforçou a importância da presença de Eneida para esclarecer fatos que ele já havia denunciado na tribuna referentes a serviços internos e demissões de servidores concursados da instituição. Ele pediu, ainda, um parecer da diretora sobre o projeto da Prefeitura que cria mais um cargo executivo no Ipasem.

 

Eneida confirmou três exonerações no Instituto, sendo todos solicitados pelos próprios servidores. "Pediram demissão duas concursadas que residem em Porto Alegre, em virtude do tempo gasto em deslocamento até Novo Hamburgo. E outro colega de Canoas que já havia prestado concurso em sua cidade e foi chamado para assumir o cargo. Se houve outros comentários, não foram pertinentes", esclareceu. A diretora do Ipasem frisou que não tomou nenhuma atitude que não lhe fosse permitida pela legislação.

 

Sobre o projeto que cria mais um cargo para a entidade, falou que a questão é delicada. "A demanda de trabalho, porém, é muito grande. Seria bem-vinda uma outra pessoa."

 

Atendimento e Farmácia Comunitária

 

Peteffi relatou que os cidadãos atendidos pelo Ipasem não conseguem receber os medicamentos necessários pela Farmácia Comunitária. A diretora explicou que estão se adequando à Legislação Federal, pois o sistema só reconhece receitas do Sistema Único de Saúde (SUS). "Essas pessoas podem procurar a Farmácia Popular, que possui medicamentos com preços bem abaixo do mercado. Além disso, possuem a mesma listagem de medicamentos", esclareceu. Sobre o assunto, Jesus Maciel (PTB) afirmou, no entanto, que alguma providência deve ser tomada. "Muitos funcionários públicos possuem salário baixo e não têm condições de arcar com o custo das medicações."

 

Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) questionou a demora na marcação de consultas, além de defasagem no atendimento psicológico e psiquiátrico. Eneida explicou que essa é uma área bastante delicada, diferente de um problema físico. "Temos no Ipasem 217 pessoas na lista de espera, desse montante somente oito segurados nunca tiveram atendimento. Os demais são reincidência. Não me furto da responsabilidade de tentar resolver o problema, por isso, em 2012, reorganizaremos o espaço físico da instituição, o que permitirá três salas para esses atendimentos. A diretora destacou, ainda, que não há falta de pessoal, mas problemas de infraestrutura.

 

Matias Martins (PT) falou que o Ipasem não deve prestar serviço próprio. "Estão inchando o Ipasem. O serviço deveria voltar a ser realizado como era antes: com lista de credenciados. Não é uma crítica a sua pessoa, eu sempre chamei esse debate e nunca vi ele acontecer. É preciso criar o corpo próprio do Ipasem - ele atua com muita cedência de funcionários."

 

A diretora falou que se voltarem ao sistema antigo, o Ipasem 'quebra' novamente. "Foi trabalhoso recuperar a saúde financeira da instituição. É mais vantajoso manter atendimentos lá dentro em determinados serviços." Ela prometeu estudo detalhado sobre o assunto.

 

Volnei Campagnoni (PCdoB) disse que concorda com Eneida. "Hoje, o Ipasem se preocupa com a qualidade de vida do servidor. O instituto está no caminho certo e é exemplo para todo o Brasil", destacou.