Diretor geral da Comusa aponta que é preciso mudar cultura de desperdício

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 20h00
12/03/2014 – A convite da Comissão de Meio Ambiente, o diretor geral da Comusa, Mozar Dietrich, falou nesta quarta-feira, 12, sobre a questão da água em Novo Hamburgo e na região. Ele lembrou que em 22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água e, em 17 de março, o Dia Estadual do Rio dos Sinos. E ressaltou que é preciso debater a redução do consumo de água – mesmo com a ampliação dos serviços oferecidos pela autarquia.

Mozar destacou que o Rio do Sinos abastece cerca de 1,7 milhão de pessoas. Apenas em Novo Hamburgo, são consumidos 63 milhões de litros de água por dia. “Nós temos uma cultura de gastança na região, pois sempre tivemos muita água disponível. Em média, gastamos 50% a mais por dia do que um europeu. Precisamos enfrentar, sim, essa cultura. De toda a água que existe na Terra, apenas 2% pode ser consumida e, destes 2%, 80% já está poluída.” Ele cita uma mudança possível: não lavar calçadas com água tratada.

Mozar ainda entregou um material aos vereadores com diversas ideias para melhor uso das águas, a partir de um estudo realizado hás algumas décadas. “Este é um dos temas tratados no Comitê Sinos: estamos falando sobre como reservar água nos períodos de cheia.”

Falas dos vereadores

Gilberto Koch - Betinho (PT), presidente da Comissão de Meio Ambiente, apontou que faz parte do Pró-Sinos. “Estamos participando dessa discussão sobre as barragens para armazenamento de água. Acho que esse é o caminho para o futuro, pois hoje não temos mais o banhado.”

Sergio Hanich - Serjão (PMDB) disse que, se tivéssemos hoje as barragens, também não aconteceriam alagamentos tão graves. “Na comissão, vamos nos dedicar o máximo a esse tema.” O vereador perguntou, entre outras coisas, o que é feito com o lodo retirado do rio. Mozar explicou que o lodo é devolvido ao arroio Luiz Rau, para voltar ao rio. “O nosso lodo não contém outros contaminantes que não componentes do próprio rio.”

Roger Corrêa (PCdoB) pediu detalhes dos investimentos em tratamento de esgoto. “Nós temos a meta de 100% do esgoto tratado, e temos, hoje, recursos e metas para chegar a 82,5%”, frisou Mozar, apontando que já foram pedidos recursos para o percentual restante.

Enfermeiro Vilmar (PR) e Antonio Lucas (PDT) destacaram a importância do bom trabalho realizado pela Comusa. Lucas, porém, lamentou a qualidade da obra que está sendo feita na rua Engenheiro Jorge Schury.

A Comissão de Meio Ambiente é integrada por Gilberto Koch, Enfermeiro Vilmar e Sergio Hanich.