CPI da AES Sul será prorrogada por 120 dias

por melissa — última modificação 16/10/2020 20h00
20/06/2014 – A CPI da AES Sul terá mais 120 dias para concluir suas investigações. Na sessão de quarta-feira, 18, o presidente da Casa, Naasom Luciano (PT), deferiu o Requerimento nº 638/2014, que pede prorrogação do prazo de funcionamento do grupo de trabalho. O término estava previsto para esta sexta-feira, 20. Contudo, os vereadores destacaram a necessidade de finalização da averiguação, por meio de diligências, dos mais de 24 mil postes, na cidade de Novo Hamburgo.

Resultados já podem ser percebidos

Algumas mudanças já foram constatadas. Até o momento, segundo a própria concessionaria, já foram trocados aproximadamente 600 postes. Para Farias, isso mostra que as investigações já estão tendo efeito. “Todas as trocas efetuadas foram por postes de concreto. Não existe mais a troca de postes de madeira por postes novos do mesmo material”, explica o vereador.

Início

No dia 10 de fevereiro de 2014, os vereadores aprovaram o Requerimento nº 78/2014, que pedia a instalação de uma CPI para analisar os serviços executados pela AES Sul em Novo Hamburgo, tendo em vista o elevado número de postes de madeira quebrados durante o vendaval de 31 de janeiro. A proposta foi feita por Luiz Fernando Farias (PT), e assinaram também Gilberto Koch – Betinho (PT), Roger Corrêa (PCdoB), Patrícia Beck (PTB), Antonio Lucas (PDT), Cristiano Coller (PDT), Jorge Tatsch (PPS), Inspetor Luz (PMDB) e Gerson Peteffi (PSDB).

Primeira reunião

A primeira reunião da CPI sobre os serviços prestados pela AES Sul foi realizada no dia 21 de fevereiro de 2014. A primeira parte foi aberta à imprensa, e os trabalhos foram conduzidos pelo proponente e presidente da comissão, Luiz Fernando Farias (PT). Os próximos encontros também serão realizados às sextas, a partir das 9 horas.

Legislação

O artigo 78 do Regimento Interno da Câmara estabelece que as comissões parlamentares de inquérito, criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo mediante requerimento de um terço dos vereadores, terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. O prazo de funcionamento é de 120 dias, e as conclusões serão encaminhadas, se for o caso, ao Ministério Público.

As CPIs serão formadas por um representante de cada bancada, indicados pelo respectivo líder. A nomeação é feita pelo presidente da Casa. Ao longo dos trabalhos, os integrantes deverão ouvir os acusados e poderão determinar diligências, inquirir testemunhas, requisitar informações, requerer a convocação de secretários municipais ou equivalentes, e praticar os atos indispensáveis para o esclarecimento dos fatos