Coordenador de Juventude fala sobre conquistas e desafios
Segundo ele, a juventude ainda não conta com um estatuto – diferentemente dos idosos e das crianças e adolescentes, por exemplo. “Segundo os dados do Censo de 2010, são cerca de 50 milhões de jovens, o equivalente a 25% dos brasileiros. O peso de nossa população economicamente ativa supera o de dependentes. Portanto, torna-se um ativo importantíssimo na economia do País.” Ele destacou que é na juventude que o indivíduo busca sua inserção na vida pessoal e busca sua autonomia. Mas foi na primeira década deste século que começaram a surgir instrumentos como Conselho Nacional da Juventude e ProJovem. E só em 2010 a palavra “jovem” foi incluída na Constituição.
Desigualdades
A necessidade de programas pode ser vista, aponta Cantini, em algumas estatísticas. Por exemplo, a maioria dos que estão fora das escolas têm alguma deficiência. Além disso, a taxa de analfabetismo entre negros é duas vezes maior do que entre brancos. “A situação se repete em relação ao ensino médio.” Essas desigualdades se repetem nos números relativos à violência – jovens negros e pardos são as maiores vítimas de homicídio, por exemplo. Para todos os jovens, os índices de desemprego são alarmantes, maior do que o das outras populações.
Em Novo Hamburgo
Em 2005, foi criada em Novo Hamburgo a Assessoria de Políticas Públicas e Juventude, que no ano seguinte passou a fazer parte da Secretaria de Assistência Social. E, em 2007, foi assinado pela primeira vez um convênio do ProJovem. Nesse momento, a coordenadoria está realizando um diagnóstico do perfil da juventude hamburguense, além de captar verbas para a realização de programas voltados aos jovens. Ele relata que os beneficiados dão muito valor às oportunidades que encontram. Roger Corrêa destacou, ao fim da fala de Cantini, que a falta de políticas públicas é um dos fatores responsáveis pela situação da juventude hoje em dia.