Comandante do 3º BPM fala sobre polícia comunitária

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 19h59
17/10/2013 – A convite de Luiz Fernando Farias (PT), o comandante do 3º BPM, tenente-coronel Cláudio Rieger, participou da sessão desta quinta-feira, 17, para falar sobre a instalação dos núcleos de policiamento comunitário em Novo Hamburgo. Ele lembrou que, há algum tempo, foi aprovado na Casa um projeto que previa subsídios aos policiais.

“Fizemos questão de vir aqui falar sobre o tema. Conseguimos a vinda de sete núcleos comunitários para Novo Hamburgo, divididos em 11 bairros. O entorno do nosso Centro vai ser o primeiro beneficiado”, frisou Rieger. Para a escolha dos locais de instalação, diversos pré-requisitos foram considerados, como número de habitantes e tipos de crimes cometidos. Cada núcleo será formado por quatro policiais, que morarão nos bairros e terão contato permanente com os habitantes. Eles contarão com um veículo automotor, uma bicicleta e materiais de segurança – equipamento que será repassado pelo Estado.

 

Aproximação

O coronel disse que, na semana passada, 40 policiais foram preparados para exercer essa atividade. “Mas segurança é praticada por todos, a polícia é uma parte.” O vereador Farias salientou que um dos objetivos do policiamento comunitário é aproximar o policial da comunidade, evitando a ocorrência de delitos. Professor Issur Koch (PP) apontou que a mídia deve ajudar a disseminar essa visão.

 

Bicicletas

Patrícia Beck (PTB) destacou a importância das bicicletas, pois ajudam a aproximar policiais e cidadãos – e perguntou quando elas voltarão a operar em Canudos. Patrícia também questionou como os vereadores podem ajudar na questão do prédio utilizado pela companhia no bairro, que se encontra em péssimo estado.

 

O tenente-coronel explicou que as bicicletas tiveram de ser retiradas, pois a Brigada entendeu que o momento pede outras modalidades, como o policiamento motorizado. Sobre o prédio, afirmou que ele se encontra em estado crítico e está parcialmente interditado. “Já levamos esse problema para a Prefeitura, colocamos nosso interesse em desativá-lo, sem sair de Canudos.”

 

Situação do posto de Canudos

Sergio Hanich (PMDB) ponderou que locais já contemplados serão privilegiados com os núcleos de policiamento comunitário, e lamentou o fato de o efetivo não ser ampliado. “Não é uma crítica à Brigada, mas contra o Estado, que não investe.” O vereador ainda sugeriu que o prédio de Canudos seja reformado e permaneça com os policiais. “Se for utilizado por outra entidade, também terá de ser reformado.”

 

Rieger reafirmou que o posto policial não deve ser retirado de Canudos. “Só queremos condições de trabalho.” Sobre a localização dos núcleos comunitários, salientou que ocorrem crimes em todos os bairros. “Um marginal preso no Centro ou no Rondônia será um crime a menos em Canudos, etc. Não há dúvida de que queremos levar os núcleos a outros bairros, mas de uma forma ou de outra a Brigada tem buscado levar atividades a todos os locais.”

 

Enfermeiro Vilmar (PR) afirmou que a comunidade está pedindo para que o posto policial de Canudos seja reformado. O suplente Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) lembrou que um posto foi reformado no bairro Rincão a partir de um mutirão, e disse que os bairros mais humildes também precisam de policiamento comunitário.

 

Escala

Inspetor Luz (PMDB) perguntou qual o horário de trabalho dos quatro policiais de cada núcleo. Rieger respondeu que eles terão dedicação exclusiva ao bairro, e focarão o trabalho nos horários mais necessitados. “A escala será dinâmica. Mas esses bairros terão uma suplementação – caso um desses policiais não possa ir a algum evento, outro irá.”