Audiência pública da AES-Sul aponta para a necessidade de prevenção
Estiveram presentes o representante do secretário Estadual de Minas e Energia, diretor de Planejamento, José Francisco Braga, o gerente de Atendimento ao Cliente da AES-Sul, Paulo Cichelero, o gerente de Engenharia e Obras da AES SUL, Sérgio Machado, a Sub-procuradora do Município de Novo Hamburgo, Gabriela Piardi dos Santos, e o gerente de Energia Elétrica da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul – AGERGS, Nilton Telichewsky.
Inicialmente, Paulo Cichelero falou dos investimentos da AES-Sul na região de concessão e de Novo Hamburgo onde investe atualmente em linhas de transmissão e subestação. Também ressaltou que estão instalando chaves telecomandadas para facilitar o manejo da energia. Cichelero abordou também a fragilidade do sistema diante do que chamou "inclemência do tempo". "Tivemos sete temporais em quinze dias, o que dificultou imensamente o trabalho das equipes."
A seguir, Fufa Azevedo, presidente da Comissão de Obras, tratou dos problemas que motivaram a solicitação da audiência pública, ressaltando o atendimento por telefone com resposta padrão, a demora das equipes para resolver problemas em poucos minutos e a impressão de descaso com os cidadãos. "Parece que estão se lixando para os clientes", declarou.
Gabriela Piardi falou sobre a Ação Civil Pública que se originou de problemas que aparecem desde 2013, que geraram a CPI e multas, por falta de manutenção preventiva, que atingem valores de quase R$ 20 milhões. Finalmente, mencionou o impacto e os riscos que a falta de energia provoca ao atingir a casa de bombas do bairro Santo Afonso.
Nilton Telichewsky, ao falar de serviços delegados, ressaltou que o fornecimento de energia é um serviço que exige continuidade e que a AGERGS tem, sim, a finalidade de fiscalizar e multar quando o trabalho não é executado de acordo. Ele falou que nos últimos meses foram enviadas 126 notificações, das quais 86 geraram autos de infração contra as concessionárias. Lamentou que muitas multas referentes aos serviços de 2013 ainda dependam de recursos, mas que muitas atuações resultaram em termos de ajustamento de conduta.
"Não devemos culpar São Pedro pelos problemas, mas, sim, investir em prevenção", disse José Francisco Pereira Braga, que trabalhou por mais de 40 anos na CEEE. Ele acredita que as tarifas estão defasadas, principalmente pela alta carga de impostos. Além disso, declarou que o plano energético que está sendo elaborado poderá ajudar na solução desses problemas.
Os vereadores Issur Koch (PP) e Cristiano Coller trouxeram ao debate a questão dos postes de madeira e da fiação excedente, bem como de redes abaixo da altura mínima, que tem causado problemas nos bairros.
No final, o vereador Fufa Azevedo agradeceu aos presentes e lamentou a falta da presença da comunidade neste ato que poderia esclarecer e encaminhar soluções para um problema que é de todos.