ARABI RODRIGUES É HOMENAGEADO POR SUA CONTRIBUIÇÃO À CULTURA NATIVISTA
por admin
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última modificação
16/10/2020 19h58
Presidente Antonio Lucas é o autor da iniciativa
Gaiteros, pajadores, jornalistas, representantes de CTG‘s, amigos e familiares juntaram-se aos vereadores hamburguenses para prestar uma homenagem a Arabi Rodrigues. A iniciativa partiu do presidente da Casa,
Antonio Lucas, que entregou-lhe uma placa de prata, em nome do Legislativo, registrando a trajetória vitoriosa do homenageado na sessão desta quinta-feira, 19. No próximo dia 4 de dezembro, a Assembléia Legislativa do RS concederá a Arabi o Prêmio Vitor Mateus Teixeira, na categoria pajador, em reconhecimento a sua contribuição à cultura nativista. Músicos e poetas apresentaram à platéia algumas das criações do homenageado. O declamador Adão Moraes Bueno, apresentou o poema "O Gaúcho". Antonio Luiz Fernandes cantou "Ginete de Fronteira", acompanhado dos gaiteiros Sadi Pereira, Rodrigo Lucena e do guitarreiro Xiruzinho, e, ao final, declamou "Pajada para o Silêncio".
A história de Arabi
Natural do distrito de Iguatemi, onde nasceu em 1940, Arabi Rodrigues reside em Novo Hamburgo há 40 anos. É poeta, pajador, jornalista, radialista, pesquisador e conferencista da história e do folclore gaúcho.Presidiu a Câmara em 1983, onde foi vereador por duas legislaturas, de 1977 a 1983 e de 1983 a 1988. É autor da lei que instituiu o ensino da tradição e do folclore gaúchos na rede municipal de ensino. Assina também o projeto MARCA - Mutirão de Arte e Culturas Gaúchas, no CTG Porteira Velha de Novo Hamburgo. Presidiu o Conselho Municipal de Turismo, onde projetou e executou várias edições do carnaval e da Semana Farroupilha. Também participou da comissão organizadora dos festejos dos 50 anos de emancipação de Novo Hamburgo. Foi secretário municipal da Cultura de Campo Bom, no governo de Giovani Feltes. Por sua atuação na política, recebeu o reconhecimento público através de premiações em 1982 e em 1983. É membro da Estância da Poesia Gaúcha desde 1980, laureado com a Medalha Jaime Caetano Braun em 2007. Sua participação em festivais de música nativista, em todo o Brasil, tem sido marcada por premiações sucessivas, onde também tem atuado como jurado. Criou o Festival de Músicas Nativistas de Novo Hamburgo, denominado Pastoreio da Canção Nativa. Em parceria com vários poetas, entre eles Nelson Ortácio, criou a 30ª Região Tradicionalista e a Associação Tradicionalista de Novo Hamburgo. Também é fundador do DTG Sinuelo, do Colégio Marista Pio XII. É autor de mais de 200 composições, gravadas por grupos como "Os Monarcas", "Os Serranos" e pelos intérpretes Porca Véia, Wilson Paim, Délcio Tavares, Xiruzinho e Sidnei Lima, entre tantos outros. Poeta com quatro livros publicados: Pastoreio (1980), O Gaúcho (1985), Prenda Minha (1989) e Marcas do Tempo (1998). Integra o grupo musical "Garrão de Potro" e ainda é autor do hino da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA e do hino que assinala os 70 anos da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.
A palavra do Presidente
O presidente Antonio Lucas destacou a excepcional contribuição de Arabi à cultura nativista, ao trabalho comunitário e ao seu engajamento com a vida cultural da cidade e com todos os movimentos que conduzam ao bem-estar da sociedade. Lembrou que, após a inauguração do atual prédio da Câmara, Arabi foi o primeiro a presidir o Legislativo na nova casa. Revelou que por várias ocasiões, em diferentes Estados da federação, foi saudado por ser da mesma cidade de homenageado, o que indica, como avaliou, a importância do mesmo para a cultura brasileira.
A saudação dos Vereadores
O vereador Alex Rönnau (PT) observou que, por coincidência ou não,a homenagem acontece no dia em que tem início a Feira da Música do Sul, nos pavilhões da Fenac. Em nome da patronagem do DTG Sinuelo, agradeceu a
sua contribuição à formação daquela entidade. Gerson Peteffi (PSDB) disse que nada é por acaso, afirmando que "só os gaúchos podem aquilatar quem foram personalidades como Jaime Caetano Braum e Vitor Mateus Teixeira - o Teixeirinha, como intérpretes e símbolos da nossa cultura. Daí a importância, como apontou, das premiações que levam os nomes dessas personalidades, concedidas ao homenageado. Jesus Martins (PTB) afirmou que
Arabi é uma bandeira do tradicionalismo e da cultura do Rio Grande, sendo um símbolo vivo da nossa cultura. Raul Cassel (PMDB) foi o primeiro a lembrar o Dia da Bandeira, comemorado em 19 de novembro, identificando-o como uma "bandeira" da nossa cultura. Elogiou a sua disponibilidade em participar de atividades que valorizam e disseminam conhecimentos sobre a cultura nativista, lembrando, finalmente, que no início de sua trajetória profissional, Arabi foi representante comercial e que depois do expediente, à noite, era convidado a cantar e declamar poesias, onde fazia grande sucesso.
"Essa é a minha gente", diz Arabi
Ao entrar no plenário e contemplar o público que o prestigiou, Arabi afirmou que foi tomado por um sentimento de alegria, de familiaridade, o que levou-o a concluir intimamente: "Essa é a minha gente". A sua manifestação de agradecimento foi encerrada com poema de sua autoria de saudação ao Legislativo, arrematada pela melodia Mate Uruguaio, executada por Xiruzinho.
Dando a saber de suas idéias, Arabi Rodrigues disse ao plenário que "o homem nasce com uma função: ser mais homem para ser mais Deus como gente. O homem público está sempre à disposição e é assim que eu tenho andado
vida a fora - caminhando em minha função para realizar a função dos outros. Quem não é caridoso consigo não é caridoso com ninguém". Falando sobre a política, enfatizou o papel da casa legislativa como célula mater
da Nação: "O Brasil se faz aqui". Recomendou que a política se faça sempre nos campo das idéias e não no
campo pessoal, atribuindo à prática desse princípio o fato de ter trânsito em todos os partidos. "No campo da arte, que é a razão principal dessa homenagem", explicou, "tenho dado tudo o que Deus me deu, dando de
graça o que de graça devo entregar. Escrevo todos os dias e utilizo a internet, recurso que outras poetas não dispunham", avaliando como um fator positivo para a divulgação do seu trabalho. "Algumas pessoas,
continuou, imaginam que o poeta faça versos 24 horas por dia, mas a arte é feita de 50% de inspiração e 50% de transpiração. Poesia a gente não explica e não remenda. O difícil é fazer o simples", concluiu, aplaudido pelos presentes.
Antonio Lucas, que entregou-lhe uma placa de prata, em nome do Legislativo, registrando a trajetória vitoriosa do homenageado na sessão desta quinta-feira, 19. No próximo dia 4 de dezembro, a Assembléia Legislativa do RS concederá a Arabi o Prêmio Vitor Mateus Teixeira, na categoria pajador, em reconhecimento a sua contribuição à cultura nativista. Músicos e poetas apresentaram à platéia algumas das criações do homenageado. O declamador Adão Moraes Bueno, apresentou o poema "O Gaúcho". Antonio Luiz Fernandes cantou "Ginete de Fronteira", acompanhado dos gaiteiros Sadi Pereira, Rodrigo Lucena e do guitarreiro Xiruzinho, e, ao final, declamou "Pajada para o Silêncio".
A história de Arabi
Natural do distrito de Iguatemi, onde nasceu em 1940, Arabi Rodrigues reside em Novo Hamburgo há 40 anos. É poeta, pajador, jornalista, radialista, pesquisador e conferencista da história e do folclore gaúcho.Presidiu a Câmara em 1983, onde foi vereador por duas legislaturas, de 1977 a 1983 e de 1983 a 1988. É autor da lei que instituiu o ensino da tradição e do folclore gaúchos na rede municipal de ensino. Assina também o projeto MARCA - Mutirão de Arte e Culturas Gaúchas, no CTG Porteira Velha de Novo Hamburgo. Presidiu o Conselho Municipal de Turismo, onde projetou e executou várias edições do carnaval e da Semana Farroupilha. Também participou da comissão organizadora dos festejos dos 50 anos de emancipação de Novo Hamburgo. Foi secretário municipal da Cultura de Campo Bom, no governo de Giovani Feltes. Por sua atuação na política, recebeu o reconhecimento público através de premiações em 1982 e em 1983. É membro da Estância da Poesia Gaúcha desde 1980, laureado com a Medalha Jaime Caetano Braun em 2007. Sua participação em festivais de música nativista, em todo o Brasil, tem sido marcada por premiações sucessivas, onde também tem atuado como jurado. Criou o Festival de Músicas Nativistas de Novo Hamburgo, denominado Pastoreio da Canção Nativa. Em parceria com vários poetas, entre eles Nelson Ortácio, criou a 30ª Região Tradicionalista e a Associação Tradicionalista de Novo Hamburgo. Também é fundador do DTG Sinuelo, do Colégio Marista Pio XII. É autor de mais de 200 composições, gravadas por grupos como "Os Monarcas", "Os Serranos" e pelos intérpretes Porca Véia, Wilson Paim, Délcio Tavares, Xiruzinho e Sidnei Lima, entre tantos outros. Poeta com quatro livros publicados: Pastoreio (1980), O Gaúcho (1985), Prenda Minha (1989) e Marcas do Tempo (1998). Integra o grupo musical "Garrão de Potro" e ainda é autor do hino da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA e do hino que assinala os 70 anos da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.
A palavra do Presidente
O presidente Antonio Lucas destacou a excepcional contribuição de Arabi à cultura nativista, ao trabalho comunitário e ao seu engajamento com a vida cultural da cidade e com todos os movimentos que conduzam ao bem-estar da sociedade. Lembrou que, após a inauguração do atual prédio da Câmara, Arabi foi o primeiro a presidir o Legislativo na nova casa. Revelou que por várias ocasiões, em diferentes Estados da federação, foi saudado por ser da mesma cidade de homenageado, o que indica, como avaliou, a importância do mesmo para a cultura brasileira.
A saudação dos Vereadores
O vereador Alex Rönnau (PT) observou que, por coincidência ou não,a homenagem acontece no dia em que tem início a Feira da Música do Sul, nos pavilhões da Fenac. Em nome da patronagem do DTG Sinuelo, agradeceu a
sua contribuição à formação daquela entidade. Gerson Peteffi (PSDB) disse que nada é por acaso, afirmando que "só os gaúchos podem aquilatar quem foram personalidades como Jaime Caetano Braum e Vitor Mateus Teixeira - o Teixeirinha, como intérpretes e símbolos da nossa cultura. Daí a importância, como apontou, das premiações que levam os nomes dessas personalidades, concedidas ao homenageado. Jesus Martins (PTB) afirmou que
Arabi é uma bandeira do tradicionalismo e da cultura do Rio Grande, sendo um símbolo vivo da nossa cultura. Raul Cassel (PMDB) foi o primeiro a lembrar o Dia da Bandeira, comemorado em 19 de novembro, identificando-o como uma "bandeira" da nossa cultura. Elogiou a sua disponibilidade em participar de atividades que valorizam e disseminam conhecimentos sobre a cultura nativista, lembrando, finalmente, que no início de sua trajetória profissional, Arabi foi representante comercial e que depois do expediente, à noite, era convidado a cantar e declamar poesias, onde fazia grande sucesso.
"Essa é a minha gente", diz Arabi
Ao entrar no plenário e contemplar o público que o prestigiou, Arabi afirmou que foi tomado por um sentimento de alegria, de familiaridade, o que levou-o a concluir intimamente: "Essa é a minha gente". A sua manifestação de agradecimento foi encerrada com poema de sua autoria de saudação ao Legislativo, arrematada pela melodia Mate Uruguaio, executada por Xiruzinho.
Dando a saber de suas idéias, Arabi Rodrigues disse ao plenário que "o homem nasce com uma função: ser mais homem para ser mais Deus como gente. O homem público está sempre à disposição e é assim que eu tenho andado
vida a fora - caminhando em minha função para realizar a função dos outros. Quem não é caridoso consigo não é caridoso com ninguém". Falando sobre a política, enfatizou o papel da casa legislativa como célula mater
da Nação: "O Brasil se faz aqui". Recomendou que a política se faça sempre nos campo das idéias e não no
campo pessoal, atribuindo à prática desse princípio o fato de ter trânsito em todos os partidos. "No campo da arte, que é a razão principal dessa homenagem", explicou, "tenho dado tudo o que Deus me deu, dando de
graça o que de graça devo entregar. Escrevo todos os dias e utilizo a internet, recurso que outras poetas não dispunham", avaliando como um fator positivo para a divulgação do seu trabalho. "Algumas pessoas,
continuou, imaginam que o poeta faça versos 24 horas por dia, mas a arte é feita de 50% de inspiração e 50% de transpiração. Poesia a gente não explica e não remenda. O difícil é fazer o simples", concluiu, aplaudido pelos presentes.