VOLNEI PEDE BOM SENSO AOS VEREADORES
Volnei Campagnoni (PCdoB) foi o único vereador a manifestar-se na tribuna, no encaminhamento da votação dos três projetos que extinguem o plano de carreira dos servidores municipais. Definindo a proposta do Executivo como uma injustiça, Volnei recordou alguns episódios da relação trincada entre servidores e prefeitura, como foi o caso do encaminhamento do reajuste em maio deste ano. <br /><br />Ressaltando a situação precária dos funcionários e do próprio serviço público, Volnei deu exemplos em que os servidores contribuem do próprio bolso para que a máquina não pare. É o caso dos professores, que cedem material escolar e dos mecânicos que compram peças para as viaturas e ferramentas para trabalhar. São exemplos, disse, de servidores que investem na carreira e não são reconhecidos. <br /><br />- Após 45 dias de luta e de discussão, o governo fechas as portas e encerra o debate. Os servidores sempre procuraram o diálogo, reforçou o vereador. <br /><br />Ele também protestou contra críticas de alguns setores da sociedade, emitidas na edição do Jornal NH de terça-feira, três, que, segundo ele, opinam sem conhecer todo o processo. "É bom não esquecer que o cartório é uma concessão do serviço público", alertou.<br /><br />"Se o serviço decaiu, continuou Volnei, é porque a cada quatro anos o patrão muda tudo. Tentaram dizer que a culpa da dívida do Ipasem é do servidor, mas não é. Foram os governos anteriores, dos quais muitos colaboradores continuam na ativa, que provocaram essa situação. Fizeram uma negociata sacana no início dos anos 2.000 e deram imóveis para saldar a dívida com o Ipasem".<br /><br />O vereador afirmou que estranha o fato da imprensa local não sugerir à Prefeitura uma redução no número de cargos de confiança, o que resultaria numa economia imediata, na sua avaliação.<br /><br />Volnei disse que aprovação do projeto significa a assinatura de um cheque em branco e que, após isso, o prefeito vai fazer o que desejar porque a Câmara Municipal não poderá mais manifestar-se sobre a matéria, uma vez que o projeto é da área financeira. Questionou, ainda, como ficará a contribuição para a aposentadoria dos servidores, à medida em que os cargos forem extintos.<br /><br />Finalmente, Volnei, que também é presidente do Grêmio-Sindicato dos Funcionários Municipais, apelou ao bom senso dos vereadores na hora da votação, lembrando que haviam dito que só votariam a favor se o prefeito enviasse o novo plano de carreira antes da votação dos três projetos. Pediu que a matéria fosse retirado, alertando que não há urgência na votação, considerando que o prefeito, no texto, anuncia que o novo plano de carreira poderá ser encaminhado à Câmara no prazo de até 12 meses.<br /><br /><br /><br /><br /><br />