História do ensino municipal é assunto de tribuna popular
A professora aposentada Rosa Maria da Silveira Gomes usou a tribuna na sessão desta terça-feira, 27, para falar sobre a história do ensino em Novo Hamburgo. Ela afirma estar desprendida de qualquer vínculo partidário: "Minha bandeira é a educação."<br /><br />Falou da sua trajetória como educadora. "Em 1975, ingressei como professora. As escolas eram bem distantes e geralmente em estado precário. Faço, aqui, uma pequena pausa para mostrar como é assustadora a situação do Estado nos dias de hoje", disse.<br /><br />Segundo ela, a rotatividade no Município era muito grande, o que deixava a desejar no quesito qualidade de ensino. Foi com Atalíbio Foscarini que a educação em Novo Hamburgo começou a decolar, destacou Rosa Maria. Junto ao professor Sarlet que, segundo a professora, tinha um pique acelerado de mudanças, lutou pela qualidade na educação e dos profissionais.<br /><br />Na época de Foscarini, disse a professora, os investimentos na área chegavam a mais de 30% do orçamento municipal. "Com mais qualificação e melhores salários, Novo Hamburgo passou a ser modelo."<br /><br />Ela conta que os avanços eram físicos, mas também havia incentivo ao corpo docente para que frequentasse a faculdade: "Nós, naquele tempo, trabalhávamos somente com crianças que não tinham outra alternativa se não as escolas municipais. Hoje, nós vemos os pais tirando os filhos da rede particular e colocando em instituições municipais porque o ensino municipal avançou."<br /><br />A professora aposentada demonstrou seu desejo pela continuação no avanço de Novo Hamburgo e, segundo ela, o plano de carreira foi fundamental para esse salto. <br /><br />"Por que retroceder? Os funcionários municipais estão conscientes que as mudanças no plano de carreira são para os novos, mas está aí a grandeza dos atos e dos protestos. Estão lutando pelo futuro e pela garantia do sucesso alcançado", disse.<br /><br />Para finalizar, Rosa Maria repudiou o fim do plano de carreira do funcionalismo municipal."Precisamos, sim, discutir mas, me perdoe quem teve esta ideia de terminar com o plano de carreira. Essa é uma solução simplista e pouco inteligente", concluiu a professora.