R$ 97 MILHÕES PARA ÁGUA E ESGOTO

por admin última modificação 16/10/2020 19h58
Diretor da Comusa diz que cidade tem que estar pronta para o futuro
O engenheiro Arnaldo Dutra, diretor-presidente da Comusa, confirmou, durante a sessão desta quinta-feira, 22, que 60% da população urbana de Novo Hamburgo será beneficiada pelos investimentos públicos em saneamento. Ele se manifestou na tribuna, a convite do líder do governo Gilberto Koch, divulgando dados do "Programa Saneamento para Todos - 2009." Ele declarou que a falta de tratamento do esgoto não é privilégio de Novo Hamburgo e que esta é a situação da maioria das cidades brasileiras. Destacou que os recursos não são a fundo perdido e que serão amortizados ao longo de 20 anos.

Os recursos são do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - e estarão à disposição por três anos. NH, através da Comusa, obteve R$ 30 milhões num primeiro momento e agora mais R$ 97 milhões, com R$ 10 milhões de contrapartida. Graças a capacidade do Município e do quadro técnico da Comusa, que viabilizou os projetos, está sendo possível a ampliação da rede. A transformação de companhia para autarquia, permitiu que a economia hoje seja significativa por conta dos impostos que uma autarquia não paga. Isso permite que façamos a contrapartida de quase todos os recursos alocados, completou, lembrando que a Comusa têm 11 anos de atuação.

São cerca de 150 mil pessoas no município, aproximadamente 40 mil famílias que passarão a contar com esgoto sanitário. A ampliação do sistema de captação e da adução de água bruta beneficiará em torno de 255 mil pessoas, atingindo mais de 70 mil famílias.

O diretor da Comusa explicou que dentro dos R$ 97 milhões a serem contratados, R$ 20 milhões vão complementar os R$ 30 milhões já autorizados, alcançando 130 mil habitantes. O sistema concluído tratará o esgoto misto, numa segunda etapa. R$ 58 milhões desses R$ 97 milhões vão para a Bacia do Arroio Pampa, que recebe hoje o esgoto de mais de 60 mil pessoas. Essa poluição faz com que o custo do tratamento de água seja mais caro, segundo Arnaldo Dutra. Os dois arroios representam 10% da poluição da Bacia do Rio dos Sinos, segundo dados do Comitê Sinos. Os Arroios Luiz Rau e Pampa estão entre os seis mais poluentes do Rio dos Sinos. A Agência Nacional de Águas considerou o Rio dos Sinos como um dos mais degradados do país. O sistema de esgotamento saneará grande parte da área cortada pelos dois arroios.

ESGOTO SANITÁRIO
É de dois por cento o índice de coleta e tratamento de esgoto em Novo Hamburgo. A maior parte da cidade faz uso de tanque séptico seguido de filtro anaeróbio, com a disposição do efluente na rede pública de drenagem pluvial.

O Luiz Rau abrange a região central e o Pampa a zona leste da cidade. Cerca de 90 mil pessoas vivem no entorno da Bacia do Arroio Luiz, enquanto no Arroio Pampa a população das cercanias é de 60 mil pessoas.

A implantação do sistema de esgotamento sanitário abrangerá as bacias do Arroio Luiz Rau e do Arroio Pampa. A Bacia do Arroio Luiz Rau compreende a implantação do chamada Etapa 2 do sistema de esgotamento da Bacia, contemplando a execução de redes interceptoras e a conclusão da estação de tratamento de esgoto.

A Bacia do Arroio Pampa faz parte da implantação da Etapa 1 do sistema e abrange a execução de 28 km de redes separadoras de esgoto cloacal, redes interceptoras e a primeira parte da estação de tratamento de esgoto. Além das 150 mil pessoas beneficiadas, a obra contemplará os municípios localizados após a foz dos dois arroios. O investimento total é de R$ 81.478.011,28. O financiamento será de R$ 73.330.210,15 e a contrapartida do Município de R$ 8.147.801,13.

ÁGUA
A atual estrutura do sistema de captação e adução de água bruta foi implantada na década 70. Não atende mais as necessidades da população. A vazão atual é de 750 litros por segundo. A meta é duplicar esse índice, chegando até 1.600 litros por segundo. O valor total do investimento serão de R$ 26.461.077,85. R$ 23.814.970,06 advirão de empréstimo e R$ 2.646.107,79 farão parte da contrapartida do Município.

VEREADORES
Os vereadores apresentaram vários questionamentos ao diretor Arnaldo Dutra. Ricardo Ritter (Ica) e Luiz Carlos Schenlrte, perguntando sobre a data de início das obras, a taxa de endividamento da Comusa, a qualidade e o material dos canos, a possível elevação das taxas a serem cobradas dos consumidores, entre outros temas. Dutra prestou todos os esclarecimentos e Gilberto Koch cumprimentou a todos pela aprovação da matéria, pela sua importância ao progresso da cidade.

PRESENÇAS
A direção da Comusa acompanhou a votação em segundo turno do projeto aprovado pela Câmara, que autoriza a contratação de financiamento com instituição financeira para o custeio das obras. Estiveram presentes no plenário, além de Arnaldo Dutra, o diretor-técnico engenheiro Julio Macedo; o diretor administrativo-financeiro economista Elói Sphor; o advogado Peri Ramos, assessor jurídico e o engenheiro civil Rafael Wiest.