BRIGADA DESCARTA ILEGALIDADE NA GRAVAÇÃO DE PROTESTOS
O Comandante Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos, Coronel Nicomedes Barros Vieira Júnior, defendeu nesta terça, dia 8, o uso de equipamentos de filmagem por policiais militares, à paisana ou não, em protestos no Município. O Cel. Barros manifestou-se na tribuna popular falando sobre à atuação da Brigada Militar em uma manifestação sindical dia 13 de agosto, ocorrida em frente a uma fábrica de injetados, localizada no bairro Rondônia.<br /><br />O vereador Gilberto Koch, durante a sessão relatou que dois PMs à paisana filmaram no dia 13 de agosto, às 7h, uma assembléia por reajuste salarial promovida por dirigentes sindicais em frente à fábrica Termoloss. Betinho questionou por que a ação dos sindicalistas estava sendo registrada em vídeo. Segundo o parlamentar, na ocasião, os dirigentes questionaram quem havia solicitado a filmagem e por que o vídeo estava sendo feito. Nesse episódio, cinco dirigentes sindicais foram detidos por desacato à autoridade, de acordo com o relato do vereador. <br /><br />"Não é esse o papel da Brigada Militar. Sempre tivemos uma relação de cordialidade e diálogo. Os movimentos sociais estão sendo criminalizados?", questionou o vereador petista.<br /><br />O Coronel Nicomedes Barros Vieira Júnior afirmou que qualquer evento ocorrido em via pública pode ser filmado. Explicou que essa estratégia está sendo adotada pela Brigada Militar em todo o Estado. <br /><br />"A Brigada Militar costuma, de praxe, utilizar equipamento de filmagem em casos de aglomeração de pessoas.", disse o Coronel, citando o caso de São Gabriel, no qual um sem-terra morreu na operação de desocupação da Fazenda Southall. De acordo com Barros, só foi possível identificar o autor do disparo que vitimou o agricultor através da gravação feita pelos policiais militares.<br /><br />Conforme o Coronel Nicomedes Barros Vieira Júnior, independentemente do horário do evento, a Brigada Militar estará lá. "Vamos seguir fazendo esse registro, se o evnto for às 5h, estaremos lá às 4h", concluiu Barros.