Entidades e trabalhadores do setor acentuam polêmica

por admin última modificação 16/10/2020 19h58
Opiniões estão divididas
Em entrevista à TV Câmara, o Diretor de Relações Institucionais da ACI, Marco Kirsch, declarou que a entidade posiciona-se contrária ao projeto que propõe a redução dos horários de funcionamento dos hiper, super e minimercados, que está sendo votado na Câmara, na sessão desta terça-feira, 11. Segundo ele, a proposta impõe uma censura à capacidade de trabalho da população, além de prejudicar a produção e a economia local. Kirsch afirmou que os vereadores têm de ouvir a sociedade e citou a pesquisa realizado por um jornal local, a qual apontou que 71% da população é contra a redução de horário.

Vitor Gatelli, presidente do Sindicato dos Comerciários, enfatizou que a entidade possui uma posição histórica contra o trabalho da categoria aos domingos, pois acreditam que esse deve ser um dia reservado ao descanso. Gatelli citou o exemplo dos bancos que funcionam de segunda a sexta, até as 16h. "Mesmo assim, a população consegue se organizar", lembrou.

Representantes das duas correntes lotam o plenário

Isaque Trindade de Souza, funcionário do Bourbon Hipermercados, estava com faixa na mão e camiseta com os dizeres "Redução de horário, redução de emprego". Ele destacou que a presença no plenário era para defender as vagas de emprego e a manutenção de serviços qualificados para a comunidade. "Se a carga de trabalho diminui, perderemos de dois a três colegas por setor", disse. Para ele, mesmo que o fluxo aumente em outros horários, o desemprego será inevitável, caso seja aprovado o projeto.

Juelcir Savanim, dono de pequeno estabelecimento comercial no Bairro Canudos, liderou o movimento de apoio a mudanças no horário. Para ele, a aprovação será importante porque fortalecerá a economia local. "São os pequenos que fazem o dinheiro girar no Município". Ele destaca que por falta de segurança, não têm como abrir até as 22h (como vigora no momento). Caso não seja estabelecida mudanças nos horários de atendimento, não somente os donos de pequenos mercados serão atingidos. "Prejudicará toda a economia e o comércio do bairro, desde a metalúrgica até o bazar". Além disso, ele defende o convívio familiar e comunitário, como indispensável para o combate à drogadição.