QUATRO CASOS SUSPEITOS DA GRIPE A APRESENTAM GRAVIDADE EM NH

por admin última modificação 16/10/2020 19h58
Diretor de Saúde e Coordenadora da Vigilância compareceram à Câmara

Das 12 pessoas suspeitas de terem contraído o vírus H1N1, quatro estão internadas em hospitais da rede particular e pública de Novo Hamburgo. Esses pacientes apresentam um quadro mais delicado, por isso, foram hospitalizados. A informação foi revelada por Solange Shama, Coordenadora da Vigilância em Saúde, que compareceu à sessão plenária desta quinta, dia 23, com o diretor de Saúde, Florizeu Campos, para prestar esclarecimentos sobre a doença. <br /><br />A Secretaria de Saúde do Município aguarda o resultado dos exames feitos nesses pacientes. Conforme Solange, 28 pessoas em Novo Hamburgo coletaram amostras. Dentre essas, 10 tiveram o exame positivo para o vírus da gripe A (H1N1). Outros quatro casos foram confirmados por vínculo. Ainda restam 12 que podem estar contaminadas. Seis casos foram descartados. Solange Shama afirmou que, entre as infecções confirmadas, metade delas ocorreu fora do País.<br /><br />Em seu pronunciamento na Câmara Municipal, a Coordenadora da Vigilância em Saúde, relatou que nos Estados Unidos existe uma estimativa de que para cada pessoa contaminada há de dez a 100 outros indivíduos que podem apresentar a doença. Essa projeção não é utilizada no Brasil. Solange Shama destacou que não há registro de óbito no Município em decorrência da gripe. E acrescentou que não há necessidade de temor por parte da população. <br /><br />Solange frisou a necessidade de se desmistificar a gripe H1N1. "Essa infecção é igual a qualquer outra. A letalidade é a mesma. As pessoas estão apavoradas e isso não ajuda na prevenção", acrescentou. Ela lembrou que, nesse ano, o Rio Grande do Sul enfrenta um inverno rigoroso, o que aumenta, naturalmente, os casos de infecção respiratória. <br /><br />Florizeu Campos declarou que, em função do aumento das infecções respiratórios durante o inverno, a prefeitura estendeu até as 22h o horário de atendimento das UBS dos bairros Rondônia, Roselândia, Primavera, Kephas e Iguaçu. A medida foi tomada em virtude de a demanda ter aumentado em 20%. Campos disse que houve um incremento de 110 horas semanais no atendimento na rede de UBSs.<br /><br />O convite para o comparecimento de Solange Shama e Florizeu Campos, que representaram a Secretária de Saúde, Clarita de Souza, partiu do presidente Antonio Lucas (PDT) e do vereador Gilberto Koch (PT).<br /><br />INDAGAÇÕES DOS VEREADORES<br /><br />Os vereadores Antonio Lucas (PDT), Jorge Luz (PMDB), Leonardo Hoff (PP) e Sergio Hanich (PMDB) fizeram indagações aos convidados. <br /><br />O presidente Antonio Lucas relatou que uma pessoa idosa com os sintomas da gripe recebeu orientação para retornar à UBS de madrugada porque não havia mais fichas de atendimento. O vereador lamentou esse tipo de procedimento e questionou o porquê dele estar ocorrendo.<br /><br />Solange Shama esclareceu que a coleta para a realização de exames está sendo feita, por orientação do Ministério da Saúde, somente nas pessoas que apresentam sintomas graves, como febre alta, acima de 38°C, e dificuldades respiratórias. <br /><br />O vereador Sergio Hanich reclamou que muitas pessoas que buscam atendimento na UBS de Canudos passam por uma espécie de triagem, na qual são avaliadas por uma enfermeira. Ele indagou o motivo da avaliação não ser feita por um médico. Florizeu Campos disse que o papel dos profissionais de enfermagem é fundamental. <br /><br />Hanich aproveitou a presença de Solande e de Florizeu para relatar o caso de um senhor que, por duas vezes buscou atendimento no Hospital Municipal, e foi dispensado, tendo que ser internado em seguida na UTI do Hospital Regina.<br /><br />Jorge Luz questionou qual é a diferença entre a influenza e a H1N1, e Leonardo Hoff perguntou quais são os principais sintomas dessa nova variante do vírus. <br /><br />Solange reiterou que em 99,9% dos casos os pacientes apresentam febre alta. Outros sintomas são tosse, dor de garganta e dor no corpo. Ela confirmou que a letalidade da gripe A é igual às demais. A diferença, segundo Solange, é que agora as mortes estão sendo divulgadas pela imprensa. <br /><br />O vereador Raul Cassel, que trabalha como médico, explicou que a população ainda não desenvolveu anticorpos para essa nova variante do vírus. O parlamentar ressaltou que o tratamento continua sendo o mesmo, contudo, aqueles indivíduos imunodeprimidos, na faixa de risco - com pouca idade ou idosos - podem apresentar complicações. Cassel revelou que aquelas pessoas que costumam se vacinar anualmente para evitar contaminações por outros tipos de gripe melhoram a sua imunidade até mesmo nos casos de variantes desconhecidas.