APROVADA MOÇÃO DE APOIO À CPI NA ASSEMBLEIA

Aprovada a moção de autoria da bancada do PT, manifestando apoio à abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa, que pretende investigar irregularidades no governo de Yeda Crusius. A decisão ocorreu na sessão desta quinta-feira, 16 de julho, por seis votos a cinco. Votaram a favor os vereadores Alex Rönnau, Carmen Ries, Gilberto Koch e Matias Martins, todos do PT, Ricardo Ritter, do PDT, e Jesus Maciel Martins, do PTB.<br /><br />Segundo os vereadores do PT, os meios de comunicação tem repercutido em nível nacional o envolvimento de pelo menos trinta pessoas ou empresas em doações ilegais e caixa dois que teriam possibilitado, entre outras irregularidades, a aquisição de uma casa pela Governadora do Estado. Os vereadores do PT destacam que a população tem o direito de saber sobre a conduta de seus representantes e seu comportamento frente à correta aplicação dos recursos públicos.<br /><br />Ito Luciano, PMDB, ressaltou que há muitas CPI"s instauradas. "O ideal é fazer isso logo que o candidato for eleito. E não às vésperas de uma eleição". O colega de partido, Raul Cassel, disse que a Justiça deve agilizar a averiguação dos fatos internos e dar um retorno à comunidade, mas também destacou que a CPI poderia ter fins eleitoreiros. O peemedebista Sergio Hanich acompanhou os colegas na manifestação de contrariedade à CPI.<br /><br />Alex Rönnau, PT, destacou que os fatos devem ser investigados e os culpado, se existirem, punidos severamente. O petista Gilberto Koch acredita que a instauração da CPI é justa. "O povo gaúcho sempre defendeu a abertura de processos investigatórios, a discussão. Não podemos ficar calados agora. O povo do Rio Grande do Sul sempre teve a cabeça erguida e batia no peito para dizer que aqui não havia corrupção", disparou. <br /><br />Jesus Martins, PTB, afirmou que a opinião pública precisa saber o que realmente está acontecendo. "A CPI vai trazer esclarecimentos importantes". <br /><br />Gerson Peteffi, PSDB, também destacou o possível fim eleitoreiro da CPI. "Não podemos misturar um fato político com um fato jurídico", apontou.