Consumo de drogas preocupa legisladores
O consumo de drogas e a violência que atinge os cidadãos hamburguenses foram dois dos principais temas discutidos pelos vereadores na sessão desta terça-feira, 3 de março. <br /><br />Volnei Campagnoni (PCdoB) levantou o tema que gerou o debate. "Qual o encaminhamento que a Brigada dá a um drogado encontrado na rua?". Para ele, o destino é incerto, porque Novo Hamburgo não possui um lugar apropriado para internação. "Os menores vão para o Hospital Municipal, que está sempre cheio e não tem lugar para mais nada. Vemos crianças e adultos dormindo em qualquer bairro, drogados. E ninguém faz nada. Nem as autoridades. O crack está se tornando o problema do século, está tomando conta e nós estamos sem saber o que fazer", apontou.<br /><br />O vereador disse, ainda, que há fazendas de recuperação, mas poucas conseguem recursos públicos. A outra opção, segundo ele, seria criar clínicas, mas admite o alto custo como um empecilho. "Mesmo irregulares, as fazendas conseguem dar um retorno e nem que seja de 1% já é alguém recuperado", destacou, ressaltando a importância de se travar uma discussão séria e ampla sobre o assunto.<br /><br />O peemedebista Luiz Carlos Schenlrte complementou dizendo que é um absurdo crianças de sete, oito anos estarem sendo submetidas às drogas. "É um problema de todas as classes sociais e não somente dos menos privilegiados." Com o argumento de que o problema está se tornando insustentável, ele propôs que os vereadores buscassem soluções. "Quem sabe montar uma Comissão Especial?", sugeriu. <br /><br />O líder do governo, Gilberto Koch (PT), contou, diretamente da tribuna, que prenderam um caminhão vindo para Novo Hamburgo, com duas toneladas de maconha. "Os jovens estão roubando dentro de casa para comprar droga. Depois, para roubar os outros e perderem é vida é um passo muito pequeno". De acordo com ele, um grande problema é as meninas que estão cada vez mais aderindo ao crack e que não possuem tratamento adequado. "É muito triste um pai acorrentar um filho para não comprar droga e pior ainda é o filho pedir para ser acorrentado", falou, acrescentando que o número de jovens que estão perdendo a vida para as drogas é altíssimo.<br /><br />Finalizando a discussão acerca do tema, Vitor Gatelli assumiu que realmente falta um espaço adequado para as pessoas fazerem a desintoxicação. "A Comissão de Saúde e Educação desta Casa poderia propor algo, pensar na situação, pois o Ministério da Saúde repassa recursos para o município investir nesta área".