GRUPO DE MULHERES SE MOBILIZA PARA PÔR FIM À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

por admin última modificação 16/10/2020 19h57
Vereadora Anita Lucas de Oliveira divulgou manifestação em Canudos

A vereadora Anita Lucas de Oliveira (PT) utilizou o expediente oral da sessão desta quinta-feira, 30, para divulgar um manifesto pelo fim da violência doméstica. O documento foi produzido por um grupo que pretende impedir que mais mulheres sejam vítimas de agressões e de homicídios. Além do texto, foi organizado um protesto nesta tarde, na Praça Centenário, no bairro Canudos. Entre as coordenadoras da mobilização, estão Maria Luiza Finken e Suzana Pires, militantes há mais de 20 anos dos movimentos de luta pelos direitos das mulheres, entre eles Luta Maria e Fórum de Mulheres<br /><br />Anita Lucas de Oliveira lembrou a recente descoberta de uma mulher queimada no Santuário das Mães, no bairro Roselândia: "Hoje faz uma semana que estamos envolvidos no mistério da moça queimada. Ainda não se sabe quem ela é e nem as razões que levaram a essa morte tão cruel". Para Anita, não se pode deixar de falar nesse tipo de violência, que é "impune e silenciosa". <br /><br />A parlamentar leu o manifesto na íntegra. O texto destaca que a violência contra a mulher, crime que na maior parte das vezes não é registrado, é causada por pessoas próximas, pelas quais a vítima sente amor e confiança. A matéria enfatiza ainda que é preciso dizer não à banalização da vida, para que "nossa cidade não esteja mais nas páginas de jornais por casos de violência contra a mulher". O corpo encontrado no Santuário também é tema: "Não é só um corpo, mas um direito de fazer opções e escolher caminhos. Emprestemos a essa mulher nosso rosto, nosso corpo e nossa voz".<br /><br />A vereadora Anita reiterou que considera a violência contra a mulher como um produto da sociedade machista e preconceituosa. "Não podemos permitir caladas essa violência contra a mulher. E peço que também os homens que não concordam somem-se a essa luta." O vereador Gilberto Koch (PT) concordou: "Duas mulheres queimadas em menos de duas semanas! Isso não é normal, tem que acabar". Anita concluiu: "Em briga de marido e mulher, sim, se mete a colher", fazendo referência ao ditado que aconselha as pessoas a não interferirem em caso desentendimentos conjugais.