IMUNIZAÇÃO CONTRA A RUBÉOLA NA CÂMARA NESTA QUINTA
O alerta foi dado na sessão de 14 de outubro, terça-feira, pela médica Maria Tereza Schermann, coordenadora do programa de vacinação no Rio Grande do Sul. Em Novo Hamburgo, 23% das 85.978 pessoas a serem imunizadas ainda não receberam a vacina. A campanha, prorrogada por tempo indeterminado pelas autoridades da Saúde, será estendida à Câmara. Equipe de vacinação vem ao Legislativo na quinta-feira, 23, das 9h às 18h, para atender a comunidade em geral. <br /><br />A proposta partiu do vereador Paulo Kopschina (PMDB) durante a explicação dada por Maria Tereza na sessão do dia 14. Solange Shama, coordenadora do departamento de vigilância e saúde de Novo Hamburgo, e Maria Salete, técnica do Ministério da Saúde, também esclareceram a campanha "Brasil Livre da Rubéola", que tem como meta a vacinação de 70 milhões de brasileiros. No Rio Grande do Sul, devem ser vacinados 3,4 milhões de homens e mulheres.<br /><br />Maria Tereza Schermann afirmou que o vírus só será erradicado quando todas as pessoas entre 20 e 39 anos forem vacinadas. "Há quem pense que a rubéola não tem grandes conseqüências, mas só quem tem um filho sem visão, sem audição ou com má formação congênita pode avaliar o peso da doença na família", alertou ela. Conforme a médica, só no ano passado foram registrados três mil casos de rubéola no Rio Grande do Sul.<br /><br />Solange Shama salientou que a vacina pode ser feita nas 15 UBS do Município e na Casa de Vacinas. A coordenadora da campanha em Novo Hamburgo informou que voluntários e empresas interessadas em imunizar seus funcionários podem entrar em contato com a Secretaria de Saúde pelos telefones (51) 3527-5630 e (51) 3527-1505. <br /><br />A rubéola é uma doença viral de alto poder de disseminação e contágio. Caracteriza-se por alterações na pele, que denotam vermelhidão e saliências, iniciadas na face, couro cabeludo e pescoço. Posteriormente, tronco e membros são atingidos. <br /><br />O principal objetivo da vacinação e do controle da rubéola relaciona-se ao risco de infecção em gestantes contaminadas pelo vírus. Nesse caso, podem ocorrer abortos, natimortos e transmissão ao feto, causando a SRC - Síndrome da Rubéola Congênita. As mais comuns anomalias presentes na SRC são: deficiência auditiva (surdez), lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma), malformações cardíacas (persistência do canal arterial, estenose da válvula pulmonar) e alterações neurológicas.<br /><br />A vacina utilizada contra a rubéola, e que não deve ser ministrada em gestantes, é a dupla viral, pois garante imunização também contra o sarampo.