25/08/2011 - Câmara lembra os 50 anos da campanha pela Legalidade
Por iniciativa da bancada do PT (Alex Rönnau, Gilberto Koch, Carmen Ries e Matias Martins) e de Ricardo Ritter – Ica (PDT), os 50 anos da Legalidade foram lembrados na sessão desta quinta-feira, 25. Betinho apontou que o ex-governador Leonel Brizola, que encabeçou o movimento para garantir a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros em 1961, sempre defendeu os trabalhadores e a democracia. Ica destacou que aquele foi um movimento de todo povo gaúcho, protagonizado por seu partido. "Se não fosse o Brizola, as instituições nacionais teriam caído por terra naquele momento." Eles mostraram aos presentes um vídeo sobre o tema, com imagens e pronunciamentos da época.
O prefeito Tarcísio Zimmermann esteva presente e utilizou a tribuna. "Esse tipo de homenagem é muito importante, pois a Casa está homenageando a luta democrática deste País. É isso o que a Campanha da Legalidade representa, acima de tudo: não a posse deste ou daquele presidente, mas o respeito à Constituição", disse. Segundo ele, o desafio de preservar a democracia ainda está presente hoje. O coordenador regional do PDT, Antônio Gomes, também apontou que o Brasil ainda tem muito o que conquistar. "Só seremos realmente livres com educação." Alceu Feijó, que cobriu o movimento de dentro do Piratini como repórter-fotográfico, falou sobre o papel da imprensa. "O jornalista participa das coisas, mas de forma independente." Segundo ele, as metralhadoras usadas por Brizola eram da década de 30, não funcionavam mais. "Foi uma revolução sem nenhum tiro."
"Um povo só é civilizado quando age de acordo com sua legislação"
Ex-prefeito de Porto Alegre cassado pelo Golpe Militar de 1964, Sereno Chaise participou da solenidade para contar sua experiência. "A Legalidade foi um ato acima da política, foi um ato que unificou o Rio Grande do Sul sob a liderança corajosa do governador Leonel Brizola. A imprensa passava as noites no Piratini sem ganhar hora-extra, por amor à lei", contou. Segundo ele, a renúncia de Jânio Quadros foi uma surpresa para os brasileiros – e a declaração dos militares de que o vice-presidente João Goulart seria preso ao voltar da China, também. "Acho que um povo só é civilizado quando age de acordo com sua legislação, especialmente a Constituição." Ele definiu a campanha como o momento em que as palavras silenciaram as armas.
25/08/2011
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