Rejeitada moção de apoio à Uergs

O Legislativo rejeitou nesta terça-feira, dia 13, moção de apoio à mobilização da comunidade escolar pela manutenção e contra o desmantelamento da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). Os autores da moção, vereadores Anita de Oliveira e Gilberto Koch, lamentaram a decisão. Votaram contra a proposta Cleonir Bassani, Gerson Peteffi, Luiz Carlos Schenlrte, Paulo Kopschina, Renan Schaurich e Soli Silva. <br /><br />Anita e Koch consideraram incoerente a atitude dos vereadores. "A moção não era mais que um manifesto à comunidade escolar, aos alunos que vieram aqui pedir professores para poderem continuar estudando", declarou Anita, referindo à participação de estudantes da universidade em sessão plenário no dia 29 de abril. Na avaliação de Koch, o desmantelamento da universidade está acabando com o sonho de uma universidade gratuita em Novo Hamburgo. Ralfe Cardoso também manifestou contrariedade com a posição dos vereadores que foram contra a iniciativa. Além de Anita, Koch e Cardoso, votaram pela aprovação da moção Teo Reichert e Volnei Campagnoni.<br /><br />Bassani justificou seu voto dizendo que a Câmara só ouviu parte dos envolvidos na questão da Uergs. Segundo o vereador, a Casa também deveria convidar o reitor da instituição para falar em plenário. <br /><br />O vereador Paulo Kopschina disse ter rejeitado a moção por ser contrário à Uergs, devido ao alto custo dos alunos em comparação a outras universidades. Ele elogiou o Programa Universidade para Todos, do governo federal, que concede bolsas de estudos a estudantes de baixa renda em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos às universidade que aderirem ao programa. <br /> <br />O texto da moção apresentada por Anita e Koch lembra que a Uergs é uma universidade estadual, pública e gratuita, que objetiva promover o desenvolvimento sustentável, oferecendo cursos de graduação em diferentes áreas do conhecimento. Os vereadores destacam que a Uergs vem sendo desmantelada com sucessivos cortes orçamentários "que buscam sua extinção", já que o orçamento de 2004 foi de R$ 40 milhões e, para 2008, estão previstos apenas 28,3 milhões. <br />