24/08/2010 - Mantido veto ao isolamento visual em bancos

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h57
Projeto de lei de Jesus Maciel tem como objetivo a segurança dos clientes

Os vereadores mantiveram, na tarde desta terça-feira, 24, o veto total do prefeito ao Projeto de Lei n° 43/2010, de autoria de Jesus Maciel (PTB). A proposta do presidente da Casa obriga as agências bancárias a isolar visualmente as operações realizadas em balcões e caixas eletrônicos.

Segundo o texto do Executivo, a proposição é louvável, pois tem como objetivo a segurança dos usuários do sistema financeiro. Mas precisa de aprofundamento, "distinguindo, por exemplo, lotéricas ou postos da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Estado do Rio Grande do Sul ou, ainda, caixas de auto-atendimento localizados em supermercados e outros estabelecimentos comerciais das agências bancárias propriamente ditas".

Alternativa
A alternativa apresentada pelo prefeito foi a análise do tema por integrantes da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, autoridades da área de segurança do Estado, representantes da Câmara Municipal, das instituições bancárias e do Sindicato dos Bancários. Depois de debatido o assunto, seria encaminhada nova proposta ao Legislativo.

Debate
Jesus lamentou o veto, e pediu sua derrubada. "O vereador tem muitas restrições na hora de fazer um projeto. Por exemplo, quando gera despesas ao Executivo. Mas essa proposta que apresentei é boa para todo mundo, principalmente para os aposentados. Isso porque muitas pessoas são assaltadas ao saírem dos bancos."

Gerson Peteffi (PSDB) ponderou que, mesmo quando o projeto não se torna lei, tem o mérito de trazer à tona discussões importantes para a sociedade.

O líder do governo, Gilberto Koch (PT), concordou com o teor do veto. "O projeto tem méritos. Mas acho que devemos ter um debate mais amplo. Temos que ver como fica a situação das casas lotéricas, com exemplo."

O vice presidente Sergio Hanich (PMDB) lembrou que um projeto de sua autoria também foi vetado. "Era sobre a obrigatoriedade de um local específico para os carros-fortes, para que ninguém visse os malotes. Ainda vejo todo dia as pessoas com medo da situação, com homens armados no meio da rua. Por isso, apoio a derrubada do veto."

Sobre a questão das lotéricas, Jesus lembrou que as leis municipais podem ser, posteriormente, alteradas. "Por isso, mesmo com algumas falhas, poderia ser aprovado."

Raul Cassel (PMDB) também disse ser contra o veto. "Muitas pessoas se atrapalham nos caixas eletrônicos, e isso só beneficia os espertalhões que rondam esses espaços."

24/08/2010