23/11/2010 - Secretário fala sobre folha dos municipários

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h57
Raul Cassel convidou representante do Executivo para sanar dúvidas

A convite de Raul Cassel (PMDB), o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Roque Werlang, falou aos presentes, na sessão desta terça-feira, 23, sobre a questão dos bancos que pagam o funcionalismo público municipal.

Werlang explicou que, quando o governo atual assumiu a administração, já estavam em andamento as negociações com a Caixa Econômica Federal. "Nós demos seguimento às tratativas, pois entendíamos a importância do banco público." Segundo ele, a Caixa foi o que fez a maior oferta.

Contudo, prosseguiu o secretário, o Santander entrou com um pedido de liminar para reaver o contrato. Essa liminar acabou sendo derrubada. "A partir disso, retomamos o pagamento pela Caixa." Mas o Santander recorreu novamente – e, hoje, os funcionários da Prefeitura recebem seus vencimentos por essa instituição privada. A situação, todavia, pode ser alterada, pois o mérito ainda não foi julgado.

Gerson Peteffi (PSDB) perguntou sobre a portabilidade bancária. Ele também é médico da rede pública, e disse ter sérias restrições à Caixa. Werlang salientou que a possibilidade de recebimento por qualquer banco deverá entrar em vigor em 2012. "Aí o servidor poderá transferir sua conta para outro banco sem custo nenhum."

Cassel afirmou que, mesmo reconhecendo a importância da verba da venda da folha, essa situação representa um enorme incômodo para funcionalismo. Ele também é médico da rede municipal e contou que teve grande dificuldade para fechar a conta no Santander. "Levei mais de uma hora e meia." Ele também questionou se a Prefeitura teve algum tipo de ônus por causa das mudanças.

O secretário destacou que a questão da folha não é apenas financeira. "Todos sabem da parceria que temos hoje com a Caixa, por meio de projetos e da fiscalização de obras na cidade." Ele reconheceu que trocar de banco sempre traz inconveniente. "Não esperávamos que houvesse esse revés. Mas não tivemos nenhum tipo de ônus." Ele ponderou que a portabilidade irá resolver, em grande parte, esse problema.

23/11/2010