Rejeitada alteração de subsídios

por admin última modificação 16/10/2020 19h57
Projetos retornam à votação nesta quinta-feira, 21.
Foram rejeitados os três projetos de lei que pretendiam reduzir os subsídios mensais a serem pagos ao prefeito, vice, secretários e vereadores da próxima legislatura, que se inicia em 2009.

Os projetos, de autoria do vereador Ralfe Cardoso (PSOL), foram incluídos na Ordem do Dia da sessão desta terça-feira, 19, por requerimento aprovado em plenário. A votação em primeiro turno rejeitou as três propostas por oito votos contrários e cinco favoráveis. O projeto retorna à segunda votação nesta quinta-feira, 21.

Votaram contra os vereadores Renan Schaurich, Jesus Maciel Martins, Lorena Mayer, Teo Reichert, Soli Silva, Volnei Campagnoni, Ito Luciano e Gerson Peteffi.

A favor, votaram os vereadores Ralfe Cardoso, Gilberto Koch, Anita Lucas de Oliveira, Cleonir Bassani e o suplente Jorge Luz.

O presidente Antonio Lucas e o vice-presidente Jesus Maciel Martins propuseram aos vereadores que votaram a favor dos projetos de redução dos subsídios que doem a diferença de salário para instituições beneficentes.

A Lei Orgânica Municipal estipula que os subsídios de cada legislatura sejam fixados no último ano da legislatura anterior, no prazo de 30 dias antes das eleições. Portanto, até início de setembro há possibilidade dos vereadores apresentarem outra proposta. Caso contrário, os subsídios mensais de prefeito, vice, secretários e vereadores serão os mesmos da atual legislatura.

O projeto de Ralfe Cardoso reduzia dos atuais R$ 17.760,00 pagos ao prefeito municipal para R$ 11.100,00. Da tribuna, ele explicou que não tem dúvidas quanto à complexidade que se exige para o desempenho do cargo, mas é uma função pública exercida por vontade daquele que se candidata.

- A proposta é encurtar a diferença entra quem ganha mais e quem ganha menos, através da mesma fonte pagadora que é o município de Novo Hamburgo. Independente do perfil de cada servidor público, a diferença entre o menor salário e o do prefeito é muito grande.

Ralfe afirmou ter certeza que nenhum candidato a prefeito deixará de disputar o pleito porque o subsídio mensal é de R$ 17 ou 11 mil. Acrescentou que o mesmo ocorre com os candidatos à vereança, que ele tem certeza que concorrerão, independente do valor do subsídio mensal. A economia, no conjunto dos três projetos redutores, seria, como informou, de R$ 760 mil.

SUPLENTES

O suplente Jorge Luz lembrou que a Câmara já faz uma economia no pagamento dos subsídios aos suplentes. E explicou:

- Se o titular pede licença da vereança numa quinta-feira, o suplente só recebe a partir da terça-feira seguinte, que seria a primeira sessão da qual ele estaria participando. Portanto, a Câmara economiza no subsídio do titular e do suplente. A economia é de R$ 1.156,00. A diferença a menos no projeto rejeitado seria de R$ 1.342,00.

Jorge luz reforçou a sua opinião, dizendo que a Casa já faz essa economia.

FARSA

O vice-presidente Jesus Maciel Martins, ao término da votação dos três projetos, afirmou que votou contra porque as propostas de Ralfe para a redução dos subsídios eram uma farsa.
Em resposta, Ralfe Cardoso criticou a atitude do vereador e afirmou que se ele é contra a redução deveria dizê-lo publicamente.