22/07/2010 - Apreciação urgente de projetos não terá alteração
Não haverá mudanças na apreciação urgente de
projetos. A proposta de alteração do Regimento Interno da Câmara, feita
por Raul Cassel (PMDB), foi rejeitada em segundo turno nesta
quinta-feira, 22, por 11 votos contrários e três favoráveis.
O
peemedebista havia sugerido que os projetos fossem apreciados em
plenário apenas na sessão seguinte à aprovação do pedido de sua
inclusão urgente na pauta. Hoje, quando os vereadores aprovam esse tipo
de pedido, a matéria é votada no mesmo dia.
Mudanças sugeridas
Cassel
pretendia alterar o parágrafo 8 do artigo 150 do Regimento Interno da
Casa (Resolução 8/2009). De acordo com o peemedebista, esse texto
deveria ser redigido da seguinte forma: "A concessão do pedido de
urgência dependerá de apresentação de requerimento escrito, que, se
aprovado por dois terços dos membros, incluirá o texto na pauta apenas
da sessão seguinte". A concessão do pedido já requer a apresentação de
requerimento escrito e sua aprovação por dois terços dos membros. Hoje,
porém, a aprovação implica ainda dispensa dos pareceres feitos pelas
comissões.
Para reforçar, Cassel ainda busca alterar o artigo
62, proibindo a votação de projetos que não tenham parecer das
comissões pelas quais deveriam passar – admitindo como única exceção o
fim do prazo regimental. Hoje, a aprovação do pedido de urgência é a
outra exceção apontada na lei.
Independência
Cassel
lembrou que, mesmo o Regimento Interno tendo sido revisado no final do
ano passado, as coisas como dinâmicas e precisam de novas atualizações.
"Gostaria que essa Casa fosse mais independente em relação ao
Executivo, e possa analisar suas matérias de forma mais consciente, com
mais tempo, buscando detalhes, e não simplesmente em uma reunião de 10
minutos antes da votação", disse.
O vereador frisou acreditar
que muitos projetos que chegam à Câmara em regime de urgência são, de
fato, importantes – mas não são urgentes. "Muitas vezes, o objetivo do
pedido de urgência é escapar do crivo das comissões."
Engessamento
O
líder do governo, Gilberto Koch (PT), afirmou que essas mudanças
engessariam o Executivo e, assim, prejudicariam o Município. "Já
conversei com representantes do Executivo, para que os projetos venham
com mais antecedência. Mas, em alguns casos, isso não é possível."
22/07/2010