22/04/2010 - Comerciantes reivindicam mobilidade urbana

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h56
Retirada de sinaleira poderá prejudicar comércio no bairro
Representantes de comerciantes do bairro Rio Branco e dirigentes do Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) participaram da sessão desta quinta-feira, 22. O objetivo foi expressar preocupações referentes ao futuro fechamento do acesso à Rua 24 de Maio pela BR-116 – decorrente da retirada da sinaleira localizada entre as duas vias, prevista para quando o viaduto do Rincão for concluído.

A delegada do Orçamento Participativo Raquel Agostini mostrou, no telão do plenário, parte do mapa da cidade e algumas fotos de diversos imóveis fechados, com placas de aluga-se ou vende-se, além de pontos com problemas como falta de calçada e de faixa para pedestres. "Temos que pensar em soluções, em parceria com esta Casa."

O presidente do Grupo Pensando Novo Hamburgo, Guaraci Velho, afirmou que o fechamento do acesso pode trazer problemas a quem vive e trabalha em vários bairros. Ele frisou que as obras na rodovia são de grande importância, mas que algumas emendas são necessárias. "Para que o comércio não seja prejudicado, que seja feita a ligação das ruas Rincão e 24 de Maio através da Rua China", disse.

O presidente da CDL, Leonardo Silveira, lembrou que não foram feitas grandes mudanças no trânsito de Novo Hamburgo nos últimos 40 anos. "Não é só aquela rua. Temos que pensar toda a cidade, que está estagnada quando se trata de mobilidade urbana." Segundo ele, Novo Hamburgo atrai compradores de diversas cidades vizinhas. Por isso, tanto o acesso ao bairro Rio Branco como uma reestruturação das vias são fundamentais. "As pessoas que moram no outro lado da cidade também terão problemas."

Audiência pública
Sergio Hanich (PMDB) e Carmen Ries (PT) sugeriram a realização de uma audiência pública para a discussão do tema. Gilberto Koch (PT) disse que moradores do outro lado da BR-116 devem participar do encontro, além de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e do deputado Ronaldo Zulke, presidente do Comitê de Acompanhamento das Obras de Infraestrutura Viária da Região Metropolitana de Porto Alegre. "Se abrir a Rua China, outros problemas vão continuar existindo", salientou.

Gerson Peteffi (PSBD) também frisou que a população deverá estar presente. "Acho que só mudar a Rua China não irá resolver." Ele lembrou que a Rua Rincão não está concluída, e que falta pavimentação na Avenida Nações Unidas. Ricardo Ritter – Ica (PDT), presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, afirmou estar preocupado com os prejuizos que as mudanças no acesso à cidade podem gerar. "Vamos providenciar este novo encontro para breve", garantiu.

Volnei Campagnoni (PCdoB) salientou que, este ano, Novo Hamburgo discutirá um novo plano diretor – e que propostas valiosas poderão surgir na audiência pública. Raul Cassel (PMDB) concordou com os colegas. Ele contou que nasceu no Rio Branco, que antes era residencial, mas que com o tempo tornou-se uma área comercial. "E vamos ter que chegar a um consenso." Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) reiterou a importância de se ligar os bairros que se encontram em lados opostos da BR-116. Já Ito Luciano (PMDB) chamou a atenção para a necessidade de se simplificar, para que as sugestões possam ser postas em prática.

22/04/2010