Palestra marca Dia da Consciência Negra
por admin
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última modificação
16/10/2020 19h56
Juíz e representantes do movimento negro falaram sobre a data
Parte do expediente da sessão ordinária foi destinada a debater o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira, 20 de novembro. A atividade realizou-se a pedido dos vereadores Gilberto Koch (PT), Anita Lucas de Oliveira (PT) e Jesus Maciel Martins (PTB).
Na tribuna, o Representante da Juventude Hip-Hop de Novo Hamburgo, Will; Ademir Leopoldo da Silva, da Associação Carnavalesca de Novo Hamburgo; Mauro José da Silva, Coordenador do Comitê Pró-Ações Afirmativas (Copaa) e Roger Raupp Rios, Juiz Federal da 4º Vara de Porto Alegre, ressaltaram a importância da data na luta pela igualdade racial.
Para Will, é preciso incentivar e valorizar a história do negro. Ele acredita que as escolas não devem ensinar apenas o que está nos livros, e sim mostrar aos alunos o outro lado: os líderes e heróis do povo negro.
"O negro tem que matar um leão por dia. É o que sempre falo para as minhas filhas", comentou Ademir Leopoldo da Silva sobre a batalha diária que os afros-descendentes enfrentam por igualdade de condições.
O Coordenador do COPAA falou sobre o projeto Quizomba, realizado durante 2007, que teve três enfoques diferentes, todos buscando o protagonismo dos negros na sociedade. Entre as atividades, apresentou os dados de uma pesquisa encomendada à Feevale sobre a discriminação racial no município de Novo Hamburgo. Segundo a pesquisa, 87% dos 1060 entrevistados afirmaram a existência de racismo.
Mauro relatou que as pessoas sofrem discriminação, mas não reclamam porque na visão delas nada será feito para alterar este quadro. "O racismo não acontece nas vilas. Ele ocorre principalmente quando o negro tenta conquistar os espaços inicialmente ocupados pelos brancos", frisou.
Ações afirmativas foi o tema da palestra do juiz federal Roger Raupp Rios. Na sua avaliação, não basta combater os atos intencionais de discriminação. "É preciso tomar medidas concretas para diminuir o abismo social entre negros e brancos, este é o papel das ações afirmativas", finalizou.
A data
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, e tem por objetivo lembrar a resistência à escratura, iniciada em 1594 com o primeiro transporte forçado de africanos para o país.
O Dia da Consciência Negra destina-se à realização de palestras e eventos educativos com intuito de valorizar à cultura herdada do povo africano e ressaltar as qualidade da população descendente de escravos. Serve também como um momento de conscientização sobre a importância do povo africano na formação da cultura nacional.
Na tribuna, o Representante da Juventude Hip-Hop de Novo Hamburgo, Will; Ademir Leopoldo da Silva, da Associação Carnavalesca de Novo Hamburgo; Mauro José da Silva, Coordenador do Comitê Pró-Ações Afirmativas (Copaa) e Roger Raupp Rios, Juiz Federal da 4º Vara de Porto Alegre, ressaltaram a importância da data na luta pela igualdade racial.
Para Will, é preciso incentivar e valorizar a história do negro. Ele acredita que as escolas não devem ensinar apenas o que está nos livros, e sim mostrar aos alunos o outro lado: os líderes e heróis do povo negro.
"O negro tem que matar um leão por dia. É o que sempre falo para as minhas filhas", comentou Ademir Leopoldo da Silva sobre a batalha diária que os afros-descendentes enfrentam por igualdade de condições.
O Coordenador do COPAA falou sobre o projeto Quizomba, realizado durante 2007, que teve três enfoques diferentes, todos buscando o protagonismo dos negros na sociedade. Entre as atividades, apresentou os dados de uma pesquisa encomendada à Feevale sobre a discriminação racial no município de Novo Hamburgo. Segundo a pesquisa, 87% dos 1060 entrevistados afirmaram a existência de racismo.
Mauro relatou que as pessoas sofrem discriminação, mas não reclamam porque na visão delas nada será feito para alterar este quadro. "O racismo não acontece nas vilas. Ele ocorre principalmente quando o negro tenta conquistar os espaços inicialmente ocupados pelos brancos", frisou.
Ações afirmativas foi o tema da palestra do juiz federal Roger Raupp Rios. Na sua avaliação, não basta combater os atos intencionais de discriminação. "É preciso tomar medidas concretas para diminuir o abismo social entre negros e brancos, este é o papel das ações afirmativas", finalizou.
A data
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, e tem por objetivo lembrar a resistência à escratura, iniciada em 1594 com o primeiro transporte forçado de africanos para o país.
O Dia da Consciência Negra destina-se à realização de palestras e eventos educativos com intuito de valorizar à cultura herdada do povo africano e ressaltar as qualidade da população descendente de escravos. Serve também como um momento de conscientização sobre a importância do povo africano na formação da cultura nacional.