21/07/2011 - NH terá programa de incentivo à doação de medula
A criação do Programa Municipal de
Incentivo à Doação de Medula Óssea e de Sangue do Cordão Umbilical e
Placentário – Pró-Medula e do Dia Municipal de Doação de Medula Óssea
(27 de agosto) foi aprovada por unanimidade em segundo turno nesta
quinta-feira, 21. Essa iniciativa está prevista no Projeto de Lei nº 10/2011, de Ito Luciano (PMDB).
Segundo
o vereador, o objetivo da proposta é estimular a doação voluntária;
alertar para a importância de se manter dados cadastrais atualizados e
de comparecer para realizar a doação, quando convocado; estimular a
criação de pontos fixos e móveis de coleta de sangue; e divulgar
endereço e horários de atendimento dos centros de transplante e
hemocentros, públicos e privados, cadastrados e credenciados junto ao
Ministério da Saúde. O PL estabelece que, para a implantação do
Pró-Medula, poderão ser realizadas parcerias entre órgãos governamentais
municipais, estaduais e federais, organizações não-governamentais e
empresas privadas.
Ricardo Ritter - Ica (PDT) apontou que também é preciso aumentar o número de leitos para esse tipo de tratamento no RS.
Entenda a importância
A
medula óssea é um líquido que ocupa o interior dos ossos, onde são
produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos),
os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. O transplante de medula
óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam
as células do sangue, consistindo na substituição de uma medula óssea
doente ou deficitária por células normais. O uso da medula óssea começou
em 1891, quando foi administrada por via oral no tratamento de leucemia
por Brown-Sequard e D"Arsonaval. A partir das tragédias nucleares, os
estudos se impulsionaram e, em 1972, Thomas Addison e colaboradores
realizaram com sucesso o primeiro transplante de medula óssea alogênico
(através de um doador) em um paciente portador de anemia aplásica grave.
Na
justificativa do projeto, Ito cita Laura Fogliatto, professora de
Hematologia da FFCMPA, Fundação Faculdade Federal de ciências Médicas de
Porto Alegre. Em matéria do jornal Zero Hora, a médica explicou que,
para integrar o banco de doadores, o processo é simples: basta procurar
um dos hospitais conveniados ao cadastro nacional, onde serão coletados
poucos mililitros de sangue, que ficarão armazenados passando a integrar
o cadastro nacional. Quando houver compatibilidade entre o sangue
armazenado e o sangue de um paciente com indicação de transplante, o
doador é chamado, se estiver em boas condições de saúde e confirmar o
interesse em doar.
De acordo com o Ministério da Saúde, surgem no
país cerca de 10.000 novos casos de leucemia todos os anos, destes
5.600 necessitam de transplante. O grande problema é que 70% deles não
encontram doadores compatíveis na família, ficando a mercê da sorte na
fila do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Segundo o
Redome, instalado no Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é
de que no Brasil existam mais de 300.000 doadores cadastrados, mas este
número ainda é insuficiente, pois a probabilidade de se achar um doador
compatível é de uma em cem mil.
A Câmara de Novo Hamburgo está há tempo mobilizada por essa causa. Conheça aqui outras iniciativas.
21/07/2011
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