Carteiros pedem adicional de periculosidade

por admin última modificação 16/10/2020 19h56
Projeto de Lei está em tramitação na Câmara Federal

Representantes do Sindicato dos Correios de Novo Hamburgo pediram apoio dos vereadores junto aos seus partidos para a aprovação do Projeto de Lei 7362/2006, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. A proposta, de autoria do senador Paulo Paim (PT), concede adicional de periculosidade aos carteiros. Os profissionais Marcos Dione, Milton Raupp e Vital Barbosa compareceram à sessão de quinta, dia 30, a convite do vereador Volnei Campagnoni (PCdoB).<br /><br />- Estamos hoje aqui para pedir que intercedam por nós junto aos seus partidos na questão da periculosidade aos carteiros, Projeto de Lei 7362/2006. Nossa categoria vem a anos lutando por essa causa, que ao contrário do que pensa a população e nossos governantes, não está sujeita apenas ao ataque de cães - disse Marcos Dione.<br /><br />Segundo o relato do carteiro, essas ocorrências provocam muitos traumas, lesões e até mesmo afastamento de colegas. Além dos riscos provocados pela presença dos animais nas residências, os profissionais enfrentam outros problemas:<br /><br />- Estamos sujeitos a assaltos, atropelamentos, agressões, roubos, furtos, mutilações.<br /><br />Ao ocupar a Tribuna Popular, Milton Raupp afirmou que o índice de assaltos tem crescido bastante. Há ainda, de acordo com o carteiro, as doenças ocasionadas pelo peso das sacolas. Marcos Dione lembrou que as intempéries dificultam o trabalho dos funcionários dos Correios e acarretam enfermidades, como câncer de pele, ocasionado pelos raios solares.<br /> <br />Conforme Raupp, foi aprovada em reunião da diretoria da empresa a Função de Apoio à Gestão, que onera em 7,5% a folha de pagamento e atinge somente cerca de 2 mil profissionais. Já a periculosidade, cujo impacto na folha de pagamento da empresa é de 8% e contempla 53 mil trabalhadores, não está recebendo o apoio da estatal.<br /><br />A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5452/43) e classifica a profissão de carteiro entre as sujeitas a riscos à integridade física do trabalhador, em decorrência da circulação em vias públicas. De acordo com a CLT, o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário.<br /><br /> - Estamos dependendo da Comissão e Constituição e Justiça (da Câmara Federal) - concluiu Milton Raupp. <br />