20/07/2010 - Ex-alunos da Fundação Liberato recebem homenagem do Legislativo

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h56
Dois jovens do curso de Química receberam diversos prêmios

Raul Cassel (PMDB) prestou uma homenagem, na sessão desta terça-feira, 20, a dois ex-alunos do curso de Química da Fundação Liberato: William Lopes, 20 anos, e Marina Selbach, 19. Eles já conquistaram diversos prêmios com seus trabalhos acadêmicos. O vereador entregou aos jovens hamburguenses placas comemorativas.

Reconhecimentos
Entre outras conquistas, William ficou em segundo lugar na Intel ISEF, uma das maiores feiras de ciência e engenharia do mundo, que ocorreu em maio em San Jose, Califórnia, nos Estados Unidos, com o projeto "Utilização do fungo Aspergillus niger no tratamento de efluentes". Marina, que também já amealhou muitos reconhecimentos, ficou em segundo lugar na 2ª Inespo 2010 – International Environment Scientific Project Olympiad, que ocorreu em junho na cidade de Amsterdã, na Holanda, como projeto "Estação Ecológica – Aplicação da semente Moringa oleífera como coagulante orgânico".

Futuro da pesquisa
"Essa é a razão do investimento no ensino técnico profissionalizante, que acredito ser muito eficaz", frisou Cassel. "Direciona os jovens para uma carreira e também para a pesquisa. Com isso, teremos a possibilidade de, no futuro, termos pesquisa atuante no Brasil, e não precisarmos tanto importar tecnologia." O vereador lembrou que a Fundação Liberato recebeu, por várias vezes, recursos para a realização da Mostratech por meio Câmara.

Ricardo Ritter – Ica (PDT), que estudou no Liberato, recordou a luta travada tempos atrás para que a Fundação Liberato permanecesse aberta. Ele destacou que a escola ficou em 2º lugar no Enem entre as escolas públicas do Rio Grande do Sul. O presidente da Casa, Jesus Maciel (PTB), também elogiou os jovens e a entidade.

A importância do ensino profissionalizante
A diretora da escola, Maria Inês Zülke, agradeceu a homenagem e também cumprimentou William e Marina – além dos pais dos estudantes. "A Fundação Liberato já enfrentou muitas dificuldades, mas está se consolidando como referência", apontou. "Mostrar o trabalho da entidade e dos jovens é reafirmar a importância dessas instituições. O índice de evasão no Ensino Médio é muito alto, mas o mesmo não ocorre no ensino profissionalizante. Além disso, possibilita uma inserção no mercado de trabalho."

Segundo Maria Inês, o trabalho da iniciação científica, que entra na vida dos estudantes cada vez mais cedo, estabelece uma nova relação entre eles e a ciência e a pesquisa. "Isso desenvolve uma atitude mais pró-ativa em relação ao conhecimento. Eles vão à luta, têm que definir um problema e pesquisar. E assim desenvolvem também a cidadania, pois entendem que a ciência é uma forma de melhorar o mundo. Suas conquistas repercutem na sociedade."

20/07/2010