20/05/2010 - Audiência sobre fechamento de acesso da BR lota plenário

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h56
Comunidade defende manutenção da sinaleira na BR-116
20/05/2010 - Audiência sobre fechamento de acesso da BR lota plenário

Audiência é iniciativa da Comissão de Obras

A Câmara Municipal realizou audiência pública na segunda-feira, 24. O objetivo foi debater com a comunidade uma alternativa para o fechamento do acesso à rua 24 de Maio através da BR-116, sentido interior-capital. A mudança no acesso foi anunciada pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - Dnit, que não compareceu à audiência, apesar do convite. A alteração está prevista em função do Viaduto Rincão, cujas obras estão em fase de finalização. O temor é que os moradores fiquem ilhados, sem acesso aos bairros que ficam do outro lado da BR.

Os vereadores deverão formar uma comissão especial para levar ao Dnit as manifestações da população. O objetivo é sensibilizar os técnicos desse Departamento para que as sugestões da comunidade possam ser analisadas, na busca de uma alternativa de acesso à rua 24 de Maio. O público presente apoiou a sugestão, que foi sugerida pelo vereador licenciado Leonardo Hoff, chefe adjunto da Casa Civil, e endossada pelos demais vereadores.

O vereador Luiz Carlos Schenlrte propôs um túnel subterrâneo.Lembrou que um lado da BR depende do comércio do outro e que a falta de acesso comprometerá a vida de todos. Alexandre Souza, topógrafo da Secretaria Municipal de Trânsito, confirmou que essa obra é viável. O público aplaudiu a sugestão.

Leonardo da Silveira, representando a CDL - Câmara dos Dirigentes Lojistas, cobrou iniciativas concretas da Prefeitura. Disse que a vinda do trem modificará o fluxo de pessoas na cidade e que é preciso pensar o trânsito para os próximos 40 anos, o que não foi feito no passado.

Raquel Agustini, delegada do Orçamento Participativo do Bairro Rio Branco, revelou que as iniciativas contra o fechamento do acesso começaram em agosto de 2009. Todas as preocupações em relação ao comércio e ao transporte foram apresentadas ao prefeito Tarcísio. Novo encontro ocorreu em 23 de dezembro, com 79 delegados do OP. Em março deste ano houve mais uma reunião com a administração municipal mas, segundo Raquel, os moradores não conseguiram sensibilizar o prefeito. Não houve qualquer manifestação e Raquel ainda protestou contra a ausência de Tarcísio na audiência. Ela ainda propôs uma ponte seca na 24 de Maio pois, no seu entender, a abertura da rua China não invalida outras propostas.

Alfonso Vilembringui, inspetor-chefe da Polícia Federal, disse que não se pode mais pensar Novo Hamburgo sem uma integração com a região metropolitana. "É uma coisa única". Informou que a BR-116 é o terceiro ponto de maior concentração de veículos do país e que a preocupação da Polícia Federal é com a realidade dessa via daqui a 20 anos. "As cidades, explicou, não param de crescer." Apontou Canoas como exemplo do que não deve ser feito. "Não pensaram na cidade do futuro e hoje Canoas está dividida", completou. Alfonso previu o rodízio de placas em NH e o limite de tráfego para caminhões na BR-116. Sobre o acesso à rua 24 de Maio, na atual conformação, definiu-o como uma aberração em termos de segurança no trânsito.

Participaram da audiência várias entidades: Grupo Pensando NH; Associação de Bairro da Vila Nova; do Bairro Rio Branco; da Vila Sanga Funda; CREA-NH; Sindicato dos Empregados do Comércio de NH ;secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de NH, Moisés Medeiros; de Segurança, Álvaro Santos; de Obras, Lino de Negri; de Turismo, Carlos Finck, além de comerciantes e moradores, inclusive representando condomínios.

O objetivo da Câmara, como frisou o vereador Ricardo Ritter- Ica, é intermediar uma solução entre Prefeitura e Dnit. Ica salientou que a segurança dos pedestres também é uma preocupação de todos e previu que se nada for feito, o local poderá registrar um grande número de atropelamentos. Ica preside a Comissão de Obras e Serviços Públicos, que convocou a audiência. Da Comissão também fazem parte Volnei Campagnoni e Sergio Hanich. Serjão criticou a passarela que existe no local, pois a mesma liga " nada a lugar nenhum, finalizando o trajeto dentro de um mato ". Serjão, que é vice-presidente da Câmara, propôs que parte do orçamento do Legislativo seja repassado ao Executivo, sendo destinado às obras que se fazem necessárias no local.

Na última quarta-feira, 19, a Comissão de Obras e Serviços Públicos esteve na 24 de Maio, verificando outras possibilidades de acesso. A realização da audiência pública é uma iniciativa da Comissão de Obras e Serviços Públicos, presidida pelo vereador Ricardo Ritter – ICA e integrada pelos vereadores Sergio Hanich e Volnei Campagnoni. Segundo os vereadores da Comissão, a alternativa, especialmente para os moradores do outro lado da BR, poderia ser entrar pela rua Rincão, acessando a rua 24 de Maio através da rua China. Esta última rua precisa ser aberta num trecho de cerca de 300 metros. Outra proposta seria a conclusão da av. Naçoes Unidas, entre Caxias do Sul e Rincão.

25/05/2010