20/05/2010 - Audiência sobre fechamento de acesso da BR lota plenário
A Câmara Municipal realizou audiência pública na
segunda-feira, 24. O objetivo foi debater com a comunidade uma
alternativa para o fechamento do acesso à rua 24 de Maio através da
BR-116, sentido interior-capital. A mudança no acesso foi anunciada
pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - Dnit,
que não compareceu à audiência, apesar do convite. A alteração está
prevista em função do Viaduto Rincão, cujas obras estão em fase de
finalização. O temor é que os moradores fiquem ilhados, sem acesso aos
bairros que ficam do outro lado da BR.
Os vereadores deverão
formar uma comissão especial para levar ao Dnit as manifestações da
população. O objetivo é sensibilizar os técnicos desse Departamento
para que as sugestões da comunidade possam ser analisadas, na busca de
uma alternativa de acesso à rua 24 de Maio. O público presente apoiou a
sugestão, que foi sugerida pelo vereador licenciado Leonardo Hoff,
chefe adjunto da Casa Civil, e endossada pelos demais vereadores.
O
vereador Luiz Carlos Schenlrte propôs um túnel subterrâneo.Lembrou que
um lado da BR depende do comércio do outro e que a falta de acesso
comprometerá a vida de todos. Alexandre Souza, topógrafo da Secretaria
Municipal de Trânsito, confirmou que essa obra é viável. O público
aplaudiu a sugestão.
Leonardo da Silveira, representando a CDL -
Câmara dos Dirigentes Lojistas, cobrou iniciativas concretas da
Prefeitura. Disse que a vinda do trem modificará o fluxo de pessoas na
cidade e que é preciso pensar o trânsito para os próximos 40 anos, o
que não foi feito no passado.
Raquel Agustini, delegada do
Orçamento Participativo do Bairro Rio Branco, revelou que as
iniciativas contra o fechamento do acesso começaram em agosto de 2009.
Todas as preocupações em relação ao comércio e ao transporte foram
apresentadas ao prefeito Tarcísio. Novo encontro ocorreu em 23 de
dezembro, com 79 delegados do OP. Em março deste ano houve mais uma
reunião com a administração municipal mas, segundo Raquel, os moradores
não conseguiram sensibilizar o prefeito. Não houve qualquer
manifestação e Raquel ainda protestou contra a ausência de Tarcísio na
audiência. Ela ainda propôs uma ponte seca na 24 de Maio pois, no seu
entender, a abertura da rua China não invalida outras propostas.
Alfonso
Vilembringui, inspetor-chefe da Polícia Federal, disse que não se pode
mais pensar Novo Hamburgo sem uma integração com a região
metropolitana. "É uma coisa única". Informou que a BR-116 é o terceiro
ponto de maior concentração de veículos do país e que a preocupação da
Polícia Federal é com a realidade dessa via daqui a 20 anos. "As
cidades, explicou, não param de crescer." Apontou Canoas como exemplo
do que não deve ser feito. "Não pensaram na cidade do futuro e hoje
Canoas está dividida", completou. Alfonso previu o rodízio de placas em
NH e o limite de tráfego para caminhões na BR-116. Sobre o acesso à rua
24 de Maio, na atual conformação, definiu-o como uma aberração em
termos de segurança no trânsito.
Participaram da audiência
várias entidades: Grupo Pensando NH; Associação de Bairro da Vila Nova;
do Bairro Rio Branco; da Vila Sanga Funda; CREA-NH; Sindicato dos
Empregados do Comércio de NH ;secretário municipal de Desenvolvimento
Urbano de NH, Moisés Medeiros; de Segurança, Álvaro Santos; de Obras,
Lino de Negri; de Turismo, Carlos Finck, além de comerciantes e
moradores, inclusive representando condomínios.
O objetivo da
Câmara, como frisou o vereador Ricardo Ritter- Ica, é intermediar uma
solução entre Prefeitura e Dnit. Ica salientou que a segurança dos
pedestres também é uma preocupação de todos e previu que se nada for
feito, o local poderá registrar um grande número de atropelamentos. Ica
preside a Comissão de Obras e Serviços Públicos, que convocou a
audiência. Da Comissão também fazem parte Volnei Campagnoni e Sergio
Hanich. Serjão criticou a passarela que existe no local, pois a mesma
liga " nada a lugar nenhum, finalizando o trajeto dentro de um mato ".
Serjão, que é vice-presidente da Câmara, propôs que parte do orçamento
do Legislativo seja repassado ao Executivo, sendo destinado às obras
que se fazem necessárias no local.
Na última quarta-feira, 19, a
Comissão de Obras e Serviços Públicos esteve na 24 de Maio, verificando
outras possibilidades de acesso. A realização da audiência pública é
uma iniciativa da Comissão de Obras e Serviços Públicos, presidida pelo
vereador Ricardo Ritter – ICA e integrada pelos vereadores Sergio
Hanich e Volnei Campagnoni. Segundo os vereadores da Comissão, a
alternativa, especialmente para os moradores do outro lado da BR,
poderia ser entrar pela rua Rincão, acessando a rua 24 de Maio através
da rua China. Esta última rua precisa ser aberta num trecho de cerca de
300 metros. Outra proposta seria a conclusão da av. Naçoes Unidas,
entre Caxias do Sul e Rincão.
25/05/2010