20/04/2010 - Homenagem aos 30 anos do Centro Cristão Feminino
por mairakiefer
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última modificação
16/10/2020 19h56
Requerimento foi feito pelo vereador Raul Cassel
Os 30 anos de criação do Centro Cristão Feminino (Cecrife) foram lembrados na sessão desta terça-feira, 20. Raul Cassel (PMDB), autor do requerimento, salientou que a instituição, mais cohecida como "a casa da mãe solteira", foi fundada em uma época em que esse assunto ainda não era discutido de forma aberta.
O vereador contou brevemente a história do centro, criado para ajudar gestantes e mães em situação de abandono. "A casa foi construída iniciamente para abrigar até 18 mulheres da região." E no começo, lembrou o peemedebista, contava apenas com trabalho voluntário e doações.
Gerson Peteffi (PSDB) contou que trabalha em um posto de saúde perto do Cecrife, e que já atendeu muitas dessas mulheres. "Percebemos que essa é uma obra de Deus", disse. O presidente, Jesus Maciel (PTB), destacou a importância dessas ações para toda a comunidade hamburguense. "Parabéns a vocês todos."
A importância do trabalho
A diretora do Cecrife, Sônia Streb, afirmou que o objetivo dos trabalhos é o resgate da cidadania, além de preparar as mulheres para uma nova vida como mães. Segundo ela, em 1977, senhoras da comunidade, chamadas de plantonistas, levavam mulheres que haviam se tornado mães do hospital para a casa. Mas algumas não tinham para onde ir. Assim nasceu a ideia de criar a casa de passagem. "Quando olhamos para trás e nos deparamos com o grande número de crianças que tomaram seu primeiro banho lá, temos noção da importância do centro", apontou.
A coordenadora, Débora Machado, apontou que hoje a realidade é diferente daquela da época da fundação. "Hoje não há tanto preconceito em relação às mães solteiras. Mas temos uma realidade pior, com a violência doméstica e a dependência química." Ela salientou ainda que o desafio é preparar cidadãos para viver fora do abrigo. Por isso, foi criado o projeto Querubim, voltado a meninas e adolescentes.
Uma das fundadoras, Hildegard Herthel, frisou que não foi fácil começar este trabalho. Mas que se alegra muito que, depois de 30 anos, o Cecrife ainda existe.
A pedido de Jesus Maciel, o pastor Hardy Brandemburger deu a bênção ao trabalho. No final da homenagem, Sônia Streb recebeu uma placa comemorativa das mãos de Raul Cassel.
Histórico
O Cecrife é uma casa de passagem para gestantes em situação de vulnerabilidade social. As mulheres, muitas vezes com idade inferior a dezoito anos, chegam encaminhadas pelo Conselho Tutelar ou Assistência Social. Entram e permanecem na casa durante a gestação e até mais ou menos dois meses após o nascimento de bebê, quando são reencaminhadas ao Conselho Tutelar ou assistência responsável.
Em 1977, um estudo feito pelo Hospital Darcy Vargas, de Novo Hamburgo, mostrou que 387 mães solteiras tiveram seus filhos no local, sendo que 27% não tinham para onde ir, pois haviam sido abandonadas por suas famílias e parceiros. Entrevista com essas mulheres ainda revelou que a maioria não havia realizado o pré-natal.
Essa realidade levou um grupo da Comunidade Evangélica Luterana de Novo Hamburgo a pensar ações que pudessem ajudar mães em situações extremas de abandono, vulnerabilidade e falta de assistência. Assim, em 16 de março de 1980, foi inaugurado o Centro Cristão Feminino (Cecrife), por meio de doações de terreno, material e mão de obra.
O trabalho inicialmente era coordenado pela irmã Hildegard Hertel, da Casa Matriz de Diaconisas da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Ações como oficinas, educação e assistência eram mantidas por 19 voluntárias da própria comunidade evangélica luterana.
Em 1996, por causa da dificuldade de se manter uma instituição com doações e trabalho unicamente voluntário, e em função de uma realidade social complexa, que demanda a atuação de profissionais para encaminhar situações extremas de violência, drogadição, desestrutura emocional, o Cecrife passou a ser mantido por uma ONG, a Associação Evangélica de Assistência Social (Aevas) de Novo Hamburgo.
20/04/2010
O vereador contou brevemente a história do centro, criado para ajudar gestantes e mães em situação de abandono. "A casa foi construída iniciamente para abrigar até 18 mulheres da região." E no começo, lembrou o peemedebista, contava apenas com trabalho voluntário e doações.
Gerson Peteffi (PSDB) contou que trabalha em um posto de saúde perto do Cecrife, e que já atendeu muitas dessas mulheres. "Percebemos que essa é uma obra de Deus", disse. O presidente, Jesus Maciel (PTB), destacou a importância dessas ações para toda a comunidade hamburguense. "Parabéns a vocês todos."
A importância do trabalho
A diretora do Cecrife, Sônia Streb, afirmou que o objetivo dos trabalhos é o resgate da cidadania, além de preparar as mulheres para uma nova vida como mães. Segundo ela, em 1977, senhoras da comunidade, chamadas de plantonistas, levavam mulheres que haviam se tornado mães do hospital para a casa. Mas algumas não tinham para onde ir. Assim nasceu a ideia de criar a casa de passagem. "Quando olhamos para trás e nos deparamos com o grande número de crianças que tomaram seu primeiro banho lá, temos noção da importância do centro", apontou.
A coordenadora, Débora Machado, apontou que hoje a realidade é diferente daquela da época da fundação. "Hoje não há tanto preconceito em relação às mães solteiras. Mas temos uma realidade pior, com a violência doméstica e a dependência química." Ela salientou ainda que o desafio é preparar cidadãos para viver fora do abrigo. Por isso, foi criado o projeto Querubim, voltado a meninas e adolescentes.
Uma das fundadoras, Hildegard Herthel, frisou que não foi fácil começar este trabalho. Mas que se alegra muito que, depois de 30 anos, o Cecrife ainda existe.
A pedido de Jesus Maciel, o pastor Hardy Brandemburger deu a bênção ao trabalho. No final da homenagem, Sônia Streb recebeu uma placa comemorativa das mãos de Raul Cassel.
Histórico
O Cecrife é uma casa de passagem para gestantes em situação de vulnerabilidade social. As mulheres, muitas vezes com idade inferior a dezoito anos, chegam encaminhadas pelo Conselho Tutelar ou Assistência Social. Entram e permanecem na casa durante a gestação e até mais ou menos dois meses após o nascimento de bebê, quando são reencaminhadas ao Conselho Tutelar ou assistência responsável.
Em 1977, um estudo feito pelo Hospital Darcy Vargas, de Novo Hamburgo, mostrou que 387 mães solteiras tiveram seus filhos no local, sendo que 27% não tinham para onde ir, pois haviam sido abandonadas por suas famílias e parceiros. Entrevista com essas mulheres ainda revelou que a maioria não havia realizado o pré-natal.
Essa realidade levou um grupo da Comunidade Evangélica Luterana de Novo Hamburgo a pensar ações que pudessem ajudar mães em situações extremas de abandono, vulnerabilidade e falta de assistência. Assim, em 16 de março de 1980, foi inaugurado o Centro Cristão Feminino (Cecrife), por meio de doações de terreno, material e mão de obra.
O trabalho inicialmente era coordenado pela irmã Hildegard Hertel, da Casa Matriz de Diaconisas da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Ações como oficinas, educação e assistência eram mantidas por 19 voluntárias da própria comunidade evangélica luterana.
Em 1996, por causa da dificuldade de se manter uma instituição com doações e trabalho unicamente voluntário, e em função de uma realidade social complexa, que demanda a atuação de profissionais para encaminhar situações extremas de violência, drogadição, desestrutura emocional, o Cecrife passou a ser mantido por uma ONG, a Associação Evangélica de Assistência Social (Aevas) de Novo Hamburgo.
20/04/2010