19/04/2011 - Representantes da Comusa falam sobre obras no Luiz Rau

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 19h56
Objetivo dos trabalhos é reduzir poluição nos arroios da cidade

Representantes da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo participaram da sessão desta terça-feira, 19, para falar sobre as obras de esgotamento sanitário que estão sendo feitas na cidade, por meio da empresa Pavicon. "São obras de grande envergadura e complexidade", apontou o diretor-presidente, Mozar Dietrich. "Há muitos questionamentos. Queremos responder, mas sabemos que ainda haverá dúvidas. Por isso, nos colocamos à disposição para futuros esclarecimentos."

Comissão de acompanhamento
Dietrich apontou que foi escolhida uma comissão, integrada por engenheiros e representantes da comunidade, para acompanhar as obras. A decisão foi tomada no sábado, dia 16, durante um seminário sobre o tema, realizado no Colégio 25 de Julho. A Comissão de Acompanhamento da Obra (CAO) é uma instância de controle social, com diversas atribuições.

Informações técnicas
O engenheiro civil Tiago Taffarel apresentou algumas informações técnicas. Ele disse que, para a formulação do projeto, Novo Hamburgo foi dividida em três áreas: a do arroio Luiz Rau, a do arroio Pampa e a do Cerquinha. Quando a obra do Luiz Rau estiver concluída, em cerca de 18 meses, Novo Hamburgo terá alcançado a capacidade de tratar 50% do esgoto da cidade. O investimento é de mais de R$ 65 milhões. A próxima obra deve contemplar o Pampa.

Taffarel explicou que, nesse primeiro momento, serão colocados quase 16 quilômetros de tubulações, além de caixas com grades para evitar que objetos como latas entrem nos canos. Haverá também uma estação de bombeamento. "Essa obra está em curso." Ele falou ainda sobre a estação Luiz Rau, onde o esgoto passará por três fases de tratamento, para que depois a água seja devolvida à natureza.

Questionamentos e sugestões
Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) quis saber mais sobre a vida útil da obra. Dietrich explicou que o projeto foi feito pensando Novo Hamburgo daqui a 30 anos, quando a população da cidade será ainda maior. Carlinhos também perguntou qual será a taxa cobrada da população. O diretor presidente da Comusa disse que ainda não há uma resposta. "Queremos a tarifa mais baixa possível, mas evidentemente ela terá que ser cobrada."

Jesus Maciel (PTB) apontou estar preocupado com a qualidade e o tamanho dos canos que estão sendo usados. Taffarel frisou que o material usado – PVC e concreto – é consagrado no País. Sobre o diâmetro, frisou que foi feito todo um estudo de vazão. "A tubulação foi projetada apenas para esgoto sanitário, não para água da chuva."

Entre os outros questionamentos de Jesus, havia alguns relativos à fiscalização e ao cronograma. "Por que a obra não começou do Santo Afonso para cá?" Por fim, o vereador sugeriu que uma área fosse desapropriada, perto da Rodoviária, e que ali fosse construído um reservatório. "Assim, acabaria o alagamento naquele local." Dietrich frisou que a obra foi projetada para poder começar de qualquer lugar. "Foi feito assim para conseguirmos ter mais frentes de trabalho."

"Por que cinco metros de profundidade para os canos?", perguntou Sergio Hanich (PMDB). Segundo o vereador, isso dificulta na hora de se corrigir problemas na rede. "Esse sistema trabalha por gravidade", explicou o engenheiro. Serjão disse também estar preocupado com a futura taxa de esgoto que a comunidade terá que pagar.

Ruas Polônia e Holanda
Gerson Peteffi (PSDB) aproveitou a presença dos representantes da Comusa e pediu atenção para o cruzamento entre as ruas Polônia e Holanda, perto da Rincão. "Quando chove muito, a rua Holanda vira um rio. Nesse cruzamento, chega a entrar um metro de água em uma empresa." Dietrich se comprometeu a buscar uma solução, ao lado da secretaria responsável.

Elogios
Gilberto Koch (PT) apontou que, com as obras, Novo Hamburgo dá um salto de qualidade. "Começamos assim a recuperação da água do Rio dos Sinos. Com certeza, poderemos pescar de novo." Ito Luciano (PMDB) destacou a utilizade do projeto. "No momento em que chegarmos a 80% do esgoto tratado, até a saúde vai melhorar no Município." Alex Rönnau (PT) agradeceu a presença e elogiou a realização do seminário no sábado. O vice-presidente Matias Martins (PT) parabenizou a Comusa por encabeçar esses trabalhos.