Medicamentos vencidos são assunto da Tribuna Popular

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Vitor Gatelli, ocupou a Tribuna Popular na sessão da última terça-feira, 29. Ele falou sobre a fiscalização feita nas Unidades Básicas de Saúde, e os medicamentos com data de validade vencida encontrados na UBS do bairro Primavera.<br />"Foram constatadas diversas situações referentes à estrutura, quadro de funcionários e a questão mais polêmica que diz respeito aos medicamentos vencidos que estavam armazenados na UBS do bairro Primavera", disse.<br />ROTATIVIDADE<br />Segundo Gatelli, elogios foram feitos pela população em relação aos novos postos, mas também queixas sobre a rotatividade dos funcionários. "O quadro funcional possui 544 profissionais apresentados em relatório. Destes, 302 são terceirizados e é aí que começa a rotatividade que incomoda a população".<br />Em função disso, chamou à atenção para a necessidade de ter "servidores concursados no atendimento, para melhorar a qualidade do serviço prestado".<br />MEDICAMENTOS<br />Quanto aos medicamentos vencidos, Gatelli informou que eles estavam em uma sala onde havia goteiras. "A questão que cabe discutir aqui é que a Secretaria de Saúde tentou minimizar o fato na imprensa, dizendo que eram amostra grátis, que eram da outra gestão. Isso é verdade, porém o levantamento que nos foi permitido fazer foi superficial".<br />ASSEMBLÉIA<br />Gatelli explicou ainda que se for apurada alguma responsabilidades do Governo do Estado, a Assembléia Legislativa deve ser acionada.<br />Disse que laboratórios se aproveitam, "colocam o preço lá em baixo para vencer as licitações, depois entregam medicamentos próximos do vencimento. Também ouvimos que médicos recebem amostra grátis no consultório e o que sobra é encaminhado para as UBS. Outra parte destes medicamentos integra o que sobrou do tempo em que a cidade tinha farmácia de manipulação".<br />CONTAGEM<br />"Quando quisemos voltar lá no posto para fazer contagem do produto, os medicamentos já não estavam mais no local. Não sabemos com precisão o que é responsabilidade de quem, mas houve problemas na compra do medicamento pelo município e pelo Estado, e ainda negligência no gerenciamento", finalizou Gatelli. <br />