18/05/2010 - Presidente do Sindimoto pede regulamentação

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h56
Motociclista afirma que formação irá reduzir acidentes
18/05/2010 - Presidente do Sindimoto pede regulamentação

Valter Ferreira da Silva

Por requerimento verbal de Antonio Lucas (PDT), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Motocicletas (Sindimoto/RS), Valter Ferreira da Silva, utilizou a tribuna popular para solicitar apoio à formação dos profissionais e a regulamentação municipal da categoria.

Representante dos motoboys e dos mototaxistas, ele lembrou que a luta por reconhecimento e respeito começou há mais de 10 anos. Neste período, frisou, já tiveram algumas vitórias, como a Lei Federal 12.009, que reconhece a categoria. Mas salientou que muitos avanços ainda devem ser feitos.

"Novo Hamburgo é a cidade do Vale do Sinos que mais tem motos. E é fatal não saber andar sobre esse veículo nos dias de hoje", lamentou. "Falta conhecimento e preparo. Isso não é só competência nossa, mas também desta Casa." Silva apontou que não se veem motociclistas de grandes empresas envolvidos acidentes, pois eles recebem treinamento. "Com a regulamentação, teremos mais segurança."

Sugestões e questionamentos
Lucas disse que os vereadores podem fazer uma indicação ao Executivo solicitando a regulamentação. Ricardo Ritter (PDT) quis saber mais detalhes sobre a segurança de quem utilizará os serviços. "Como poderão ser identificados?", perguntou. Silva sugeriu numeração no capacete e a utilização de uniforme.

Gilberto Koch (PT) lembrou a trajetória de Silva na luta pelo reconhecimento da profissão. Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) questionou quantos municípios já regulamentaram e quantos motociclistas atuam hoje em Novo Hamburgo. Silva citou cidades em estados como São Paulo, e disse que não é possível se preocupar com os profissionais que ficarem de fora com a legislação. "Não sei precisar a quantidade."

Ito Luciano (PMDB) lembrou que os vereadores poderão, por meio de emendas, melhorar o projeto que poderá ser enviado à Câmara. "Também acho que é preferível regulamentar do que deixar como está agora."

Alerta
Silva também deixou um alerta: é preciso, ao chamar uma tele-entrega, saber se o baú é do restaurante, por exemplo. "O dia todo levamos materiais como sangue, urina, e outros. E algumas empresas de alimentação não fornecem o baú adequado. Daí, à noite, alguém pode levar uma pizza, por exemplo, nesse mesmo recipiente. E quem acha que está comprando um alimento saudável pode até contrair uma doença."

18/05/2010