Carlos Kempf fala sobre fiscalização no Transporte Coletivo

por admin última modificação 16/10/2020 19h56
Vereadores criticaram a atuação de apenas um fiscal na diretoria

A CPI que investiga possíveis irregularidades no Transporte Coletivo em Novo Hamburgo ouviu nesta segunda-feira, 10, o fiscal da Diretoria de Trânsito da Secretaria de Segurança, Trânsito e Transporte, Carlos Kempf. Seu depoimento teve início às 13h45min e iniciou com uma explanação geral da função de fiscal. Carlos é o único fiscal da diretoria. <br />ABRANGÊNCIA<br />"A fiscalização abrange vários setores, entre eles, os abrigos (paradas de ônibus); a conservação das vias públicas, para que o sistema tenha um bom desempenho; e estudos para ampliação ou adequação do transporte conforme a evolução demográfica e a realidade do trânsito", disse ele sobre sua função, que ainda inclui a fiscalização de táxis e transporte escolar.<br />Uma das discussões durante a reunião foi sobre o excesso de itens a fiscalizar por uma pessoa apenas. "O sistema até pode ser eficiente, mas é frágil demais em sua estrutura", avaliou Ralfe Cardoso (PSOL), presidente da CPI.<br />ENXUGAMENTO<br />Carlos Kempf explicou que em função do enxugamento da equipe de trânsito, nem todas as averiguações feitas acabam em relatório. Segundo ele, só são registradas as situações mais graves. Ele disse ainda que os problemas são informados verbalmente às empresas e resolvidos de forma imediata, sem a utilização de solicitações por escrito ou relatórios. "Até hoje todos os problemas detectados são resolvidos pela empresa, é rápido e melhor para o usuário". Ainda assim, pela ausência de relatórios de todos os atos da fiscalização, Ralfe Cardoso avaliou como "subjetivo ao extremo administrar o Transporte Coletivo em Novo Hamburgo". Segundo ele, falta uma "memória administrativa" à Secretaria. <br />PESQUISA MENSAL<br />O depoente explicou como é feita a fiscalização mensal dos ônibus. Afirmou que no último dia de cada mês, por volta de 22h30min tem início a fiscalização, onde são levantados o número de passageiros, através da numeração das catracas, a quilometragem dos carros, que, depois de juntados com os demais itens alimentam as planilhas de custos para cálculos tarifários. "O trabalho vai até a madrugada. Novo Hamburgo é uma das poucas cidades no Brasil que faz esse controle mensal. A maioria faz por amostragem", disse. Ele informou ainda que os números dos passes com benefício são repassados pelas empresas para a secretaria.<br />INTEGRANTES<br />A CPI foi oficialmente instalada em 29 de maio, e tem, segundo o Regimento Interno, 120 dias de prazo de funcionamento, prorrogáveis, mediante pedido fundamentado e aprovado em plenário. Integram a CPI os vereadores Ralfe Cardoso, Antonio Lucas, Cleonir Bassani, João Marcos, Volnei Campagnoni, Lorena Mayer e Anita Lucas de Oliveira.<br /><br />